"Esta cooperação entre as nossas instituições é um reflexo dos laços históricos profundos que unem São Tomé e Príncipe e Portugal. Mais do que olhar para o futuro está parceria aponta, para um futuro com maior intercâmbio académico, de partilha de saberes e novas oportunidades para os docentes, os investigadores, e os estudantes ",enfatizou a reitora da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP), Eurídice Aguiar.
A reitora da USTP sublinhou ainda que o protocolo assinado em São Tomé, reforça "a importância do conhecimento histórico e da preservação" da identidade cultural são-tomense.
A reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vasconcelos Vilar sublinhou o percurso desenvolvido até a assinatura do protocolo, nomeadamente, destacando a importância da acreditação dos cursos para a promoção da investigação científica em São Tomé e Príncipe.
"É um processo exigente mais é um processo absolutamente essencial para que a universidade consolide no futuro, para que a universidade seja cada vez mais importante e as suas formações reconhecidas tanto interna como externamente", sublinhou Hermínia Vasconcelos Vilar.
A coordenadora do novo mestrado na USTP, Nazaré de Ceita destacou que os cursos surgem após cerca de 20 anos, que a instituição tem estado a conduzir "inúmeros licenciados em história" e no ano em que o país completa 50 anos de independência no dia 12 de julho.
Acrescentou ainda São Tomé e Prince tem em curso uma séria de iniciativas para a preservação e valorização da sua história e cultura, nomeadamente a inscrição de bens na lista de património mundial, reserva da Unesco, património agrícola, construção de lista indicativas, por isso defendeu a necessidade de qualificar técnicos para enfrentar os desafios no setor patrimonial do país.
"É chegada a hora de fazer emergir um corpo técnico com competências e capaz de acompanhar tantos e tantos desafios. Todos já concluímos que a situação de caos patrimonial em que nos encontramos precisa de ser estancada muito rapidamente", sublinhou Nazaré de Ceita.
A assinatura do protocolo aconteceu dias depois de ser lançado um projeto de requalificação e recuperação do acervo cultural do Museu Nacional de São Tomé e Príncipe que será financiado pela cooperação portuguesa com cerca de meio milhão de euros.
O Embaixador de Portugal em São Tomé e Príncipe, Luís da Silva disse hoje que neste âmbito "serão atribuídas 10 bolsas de mérito aos melhores alunos da parte letiva deste mestrado", para "incentivar à excelência académica e a investigação científica na Universidade de São Tomé e Príncipe".
"Queremos que os melhores quadros formados nessa área possam contribuir ativamente para a valorização e preservação do património histórico e cultural do país, em especial num momento em que vamos investir na renovação do Museu Nacional", acrescentou o diplomata português durante a cerimónia.
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