"O voto eletrónico tem sido uma bandeira do Conselho das Comunidades Portugueses já há vários mandatos, porque não tem sido um tema consensual, diria eu, junto das autoridades governamentais portuguesas e junto dos grupos parlamentares", disse Rui Marcelo, quando questionado pela Lusa.
"Temos estado a discutir essa possibilidade com as autoridades portuguesas e, pela nossa parte, o processo já teria sido acelerado", salientou.
Rui Marcelo falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas da Ásia e da Oceânia (que inclui China, Tailândia, Coreia do Sul, Japão, Singapura, Austrália e Timor-Leste), que decorreu entre quinta-feira e hoje em Díli.
Embora o voto por correspondência tenha sido o procedimento normal, o responsável disse que existem "sempre problemas relativamente às datas em que esses votos acabam por chegar à Comissão Nacional de Eleições", salientando que as próximas legislativas, marcadas para 11 de maio, vão "criar desafios muito importantes no processo de participação".
Em fevereiro, o parlamento aprovou uma resolução apresentada pelo PSD para a realização de uma experiência para testar o voto eletrónico na emigração.
Durante os dois dias do encontro, os conselheiros debateram também formas de cooperação entre os círculos no setor da educação e associativismo, na área da economia e das questões consulares e sobre as potencialidades artísticas e culturais.
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