A concentração realiza-se a partir das 17h00 em frente às instalações dos comandos metropolitanos de Lisboa e Porto, disse hoje à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos.
Segundo a ASPP, os polícias que trabalham na investigação criminal da PSP foram surpreendidos em março com a falta de pagamento do respetivo suplemento especial, no valor de 150 euros mensais, e apenas ficaram a saber da ausência do subsídio pelo recibo do ordenado.
Mais tarde, estes polícias foram informados pelos recursos humanos da PSP de que o pagamento do suplemento iria ter um diferimento de dois meses, ou seja, o subsídio correspondente ao mês de março seria apenas efetuado em maio.
A direção nacional da PSP justifica esta alteração com "uma harmonização" em relação aos outros suplementos, como de turno ou de piquete, que são pagos dois meses depois de serem realizados, e para tornar o seu processamento "mais efetivo", tendo em conta os dias de serviço efetivamente prestados.
A ASPP está contra o adiamento do pagamento deste subsídio, tendo Paulo Santos frisado que, além de não ter sido divulgado pela PSP com antecedência, o diferimento "traz prejuízos aos polícias de investigação criminal que vão ficar dois meses sem receber o suplemento".
O maior sindicato da Polícia de Segurança Pública defende também que os restantes suplementos sejam pagos mensalmente e não dois meses após a prestação do serviço.
A ASPP já enviou um ofício à Direção Nacional da PSP a solicitar a suspensão deste "corte" e a retificação de "todos os suplementos em vigor na PSP".
A ASPP tem hoje ao fim da tarde uma reunião com a ministra da Administração Interna.
O pedido do encontro partiu da estrutura sindical, cujo presidente considera que, mesmo com o Governo em gestão, ainda há muito que se pode fazer, nomeadamente a publicação das portarias da avaliação e dos serviços remunerados.
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