Sindicato da PSP protesta contra adiamento de pagamento de subsídio

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) realiza na terça-feira em Lisboa e no Porto uma concentração para protestar contra o adiamento, por dois meses, do pagamento do suplemento especial aos polícias que trabalham na investigação criminal.

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Lusa
24/03/2025 16:58 ‧ há 2 dias por Lusa

País

ASPP/PSP

A concentração realiza-se a partir das 17h00 em frente às instalações dos comandos metropolitanos de Lisboa e Porto, disse hoje à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos.

 

Segundo a ASPP, os polícias que trabalham na investigação criminal da PSP foram surpreendidos em março com a falta de pagamento do respetivo suplemento especial, no valor de 150 euros mensais, e apenas ficaram a saber da ausência do subsídio pelo recibo do ordenado.

Mais tarde, estes polícias foram informados pelos recursos humanos da PSP de que o pagamento do suplemento iria ter um diferimento de dois meses, ou seja, o subsídio correspondente ao mês de março seria apenas efetuado em maio.

A direção nacional da PSP justifica esta alteração com "uma harmonização" em relação aos outros suplementos, como de turno ou de piquete, que são pagos dois meses depois de serem realizados, e para tornar o seu processamento "mais efetivo", tendo em conta os dias de serviço efetivamente prestados.

A ASPP está contra o adiamento do pagamento deste subsídio, tendo Paulo Santos frisado que, além de não ter sido divulgado pela PSP com antecedência, o diferimento "traz prejuízos aos polícias de investigação criminal que vão ficar dois meses sem receber o suplemento".

O maior sindicato da Polícia de Segurança Pública defende também que os restantes suplementos sejam pagos mensalmente e não dois meses após a prestação do serviço.

A ASPP já enviou um ofício à Direção Nacional da PSP a solicitar a suspensão deste "corte" e a retificação de "todos os suplementos em vigor na PSP".

A ASPP tem hoje ao fim da tarde uma reunião com a ministra da Administração Interna.

O pedido do encontro partiu da estrutura sindical, cujo presidente considera que, mesmo com o Governo em gestão, ainda há muito que se pode fazer, nomeadamente a publicação das portarias da avaliação e dos serviços remunerados.

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