Neta de Afonso Costa "de queixo caído" com homenagem em Seia ao avô

Teresa Afonso Costa Gomes não escondeu esta terça-feira à agência Lusa a perplexidade e felicidade que sentiu quando soube da homenagem ao seu avô com a inauguração do Centro de Interpretação da República Afonso Costa (CIRAC).

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Lusa
25/03/2025 15:47 ‧ ontem por Lusa

País

Afonso Costa

"Posso dizer-lhe que estou de queixo caído. Foi assim que fiquei quando me disseram que iam fazer esta homenagem, através da inauguração deste centro. Faço amanhã [quarta-feira, dia 26] 93 anos e foi a primeira vez que ouvi elogios ao meu avô. Estou muito feliz", admitiu á agência Lusa Teresa Afonso Costa Azevedo Gomes, a neta mais velha viva de Afonso Costa.

 

A neta do político da Primeira República falava no dia em que a Câmara Municipal de Seia, no distrito da Guarda, inaugurou o CIRAC numa antiga escola primária que Afonso Costa mandou construir e que já tinha o seu nome e que o Município requalificou para esse efeito, num investimento superior a 700 mil euros, cofinanciados pelo Centro 2020.

A inauguração marcada para o dia de hoje, justificou o presidente do município de Seia, Luciano Ribeiro, prende-se com o facto de "ter sido em 25 de março, mas de 1918, que Afonso Costa foi preso no Forte da Graça, data que refere na sua autobiografia" e que a autarquia lançou hoje um caderno "conforme os seus manuscritos".

No CIRAC, no centro de Seia, é possível conhecer os factos "mais emblemáticos e os momentos mais marcantes da história do país, através do seu percurso político, mas também apontamentos que revelam o seu grande amor pela família".

Um esclarecimento dado por Filomena Correia de Carvalho que fez uma visita guiada ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, que inaugurou o CIRAC na presença de entidades da região e de descendentes de Afonso Costa.

Gonçalo Salazar Leite, um dos vários bisnetos presentes, desafiou a família a "doar todo o espólio existente" para o CIRAC, de forma a "preservar a memória e a história" de Afonso Costa, que nasceu em Seia, na freguesia de Santiago, há 154 anos, no dia 06 de março.

O espaço já conta com "algumas doações" de familiares, assim como peças de coleções de admiradores de Afonso Costa como são o senense Rui Veloso e João George. Há um espaço para exposições temporárias que inaugurou com cartazes da Primeira República.

Luciano Ribeiro destacou Afonso Costa, como "o maior senense de todos os tempos, que muito orgulha o concelho" e desejou que o espaço sirva "alunos de todos os níveis escolares, professores, investigadores, mas também cidadãos comuns e turistas".

O autarca recordou que Afonso Costa (1871-1937) foi também "um dos pais da implantação da República em Portugal, portanto torna-se justo homenagear e reconhecer um dos senenses mais notáveis da História".

No dia de hoje foi ainda colocada uma coroa de flores na estátua de Afonso Costa, que o então Presidente da República Ramalho Eanes inaugurou em 08 de novembro de 1981 e que o município de Seia agora deslocou para o centro da rotunda que fica a poucos metros do CIRAC.

Leia Também: Homenagem a Valentim de Barros, estreias e leituras no Dia do Teatro

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