Brasil acompanha cidadãos detidos em submarino nos Açores. Quem são?

Três brasileiros estavam entre os cinco tripulantes de um semissubmersível com 6,5 toneladas de cocaína. 

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© Reprodução PJ

Notícias ao Minuto
28/03/2025 18:30 ‧ há 3 dias por Notícias ao Minuto

País

Submarino

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil (Itamarary) disse estar a acompanhar o caso dos três brasileiros que integram o grupo dos cinco estrangeiros detidos na terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) a 500 milhas dos Açores, num semissubmersível com 6,5 toneladas de cocaína. 

 

Numa nota, o Itamaraty informou que, através do Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, está a prestar assistência consular aos detidos e aos seus familiares. 

Além disso, a imprensa brasileira adianta que os suspeitos são Maikon Reis da Silva, de 38 anos, Nelson da Páscoa Corrêa Costa, de 61 anos e José Mauro Gonçalves, de 52 anos. Todos são naturais do estado do Pará, especificamente das cidades de Abaetetuba e Igarapé-Mirim.

O g1 escreve ainda que o tráfico está ligado ao grupo Primeiro Comando da Capital (PCC) e que o submarino saiu do Brasil pelo estado do Amapá.

Recorde-se que, além dos brasileiros, foram detidos também um colombiano e um espanhol.

Preventiva para tripulantes do submarino que tinha toneladas de cocaína

Preventiva para tripulantes do submarino que tinha toneladas de cocaína

A embarcação saiu do Brasil rumo à Península Ibérica.

 Notícias ao Minuto | 19:01 - 27/03/2025

De acordo com a PJ, recorde-se, os detidos foram transportados dos Açores para Lisboa, para serem ouvidos no Campus da Justiça em primeiro interrogatório judicial, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação mais gravosa - prisão preventiva. 

Na passada quarta-feira, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, classificou esta operação, designada por 'Nautilus', como "um rude golpe numa organização criminosa", durante uma conferência de imprensa conjunta com os responsáveis das várias forças envolvidas, incluindo a Guardia Civil de Espanha.

De acordo com Luís Neves, a organização em causa é uma de muitas que tentam "encharcar a Europa de muita cocaína", um negócio que está na base de vários crimes, desde corrupção e branqueamento de capitais, a sequestros, raptos e mortes, pelo domínio de territórios.

Luís Neves sublinhou que foi a primeira vez que se conseguiu concretizar uma operação com estas características, em pleno oceano, uma vez que com frequência os submarinos são afundados para omitir a prova.

"Estamos a falar de muitos milhões que estão aqui em causa", disse.

Escusando-se a identificar o país de origem da droga, por ainda decorrerem operações "do outro lado do Atlântico", o responsável da PJ referiu que a droga é proveniente da América do Sul.

"Isto é uma guerra contra o crime organizado", sublinhou Luís Neves, ao referir-se aos meios envolvidos.

Os submergíveis usados nestas rotas são construídos pelos próprios carteis de droga, em estaleiros artesanais ilegais. "São manufaturados e equipados com tecnologia de ponta", afirmou.

Em colaboração com as autoridades espanholas têm sido desmantelados vários estaleiros onde são construídas lanchas rápidas para este fim.

"Normalmente, estas organizações têm grande capacidade económica", sustentou Luís Neves.

Leia Também: Seis russos incluindo dois menores morreram num naufrágio no Egipto

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