Os dois alpinistas portugueses que morreram, na segunda-feira, em Cantábria, no norte de Espanha, foram identificados como Pedro Soares, de Fafe, e Rui Macedo, do Porto.
A informação foi avançada pelo Jornal de Notícias. O Notícias ao Minuto contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), que está a tentar obter a confirmação oficial da identidade das vítimas através das autoridades espanholas.
Segundo a publicação, Pedro Soares, de 50 anos, era instrutor de alpinismo e de outras atividades radicais, sendo presidente da Rokomondo Academy, uma associação de Fafe ligada a desportos radicais. Deixou a mulher e três filhos, com idades entre os 12 e os 21 anos.
Numa nota, publicada no Facebook, o Grupo de Espeleologia e Montanhismo fez uma "homenagem ao amigo e parceiro", que "partiu prematuramente a fazer o que mais amava - escalar, explorar, desafiar os limites da natureza e da vida".
"Através da Rokomondo Academy, tocou e inspirou várias pessoas, como se pode ler nas palavras deixadas por quem teve o privilégio de aprender com ele. A sua paixão era contagiante, o seu entusiasmo genuíno, e a sua presença — mesmo breve — deixou marca", lê-se.
A segunda vítima foi identificada como Rui Macedo, um portuense que trabalhava na área da música. "É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Rui Macedo, um profissional exemplar e querido por todos que tiveram o privilégio de conviver com ele", lamentou a Publivez - Soluções Globais para Eventos, com a qual Rui Macedo costumava trabalhar como afinador de pianos.
"Sua partida repentina, enquanto praticava alpinismo, atividade que tanto amava, nos entristece profundamente. Neste momento de dor, expressamos nossa solidariedade à família, aos amigos e a todos que foram tocados por sua presença generosa e inspiradora", acrescentou a nota.
Nas redes sociais são também várias as publicações de familiares e amigos em homenagem aos dois portugueses.
Segundo as autoridades espanholas, os dois alpinistas sofreram uma queda "de uma grande altura", quando escalavam uma zona conhecida como Chalet Real, na cordilheira dos Picos da Europa.
O alerta foi dado através de um 'smartwatch' e de um telemóvel e por uma pessoa que assistiu à queda. Os óbitos foram declarados no local.
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