Arménio Carlos falava perante os mais de 2.500 manifestantes que se concentraram frente à sede do edifício do Conselho de Ministros, em Lisboa, e realçou que esta "exposição já foi feita há alguns meses" e visa acabar com "o escândalo que se verifica de há uns anos a esta parte que são os dos chamados emprego-inserção".
"É bom que o provedor de Justiça resolva rapidamente este problema, nomeadamente através da informação ao Governo - que, na nossa opinião, não pode ser outra - de que o Governo deve respeitar a lei e deve passar estes trabalhadores a efetivos", disse.
O dirigente sindical destacou que a CGTP "não pode aceitar" que "milhares de desempregados estejam a ser duplamente explorados e a ocupar postos de trabalho permanentes na administração central e local, a receberem menos do que os trabalhadores que são efetivos, e sabendo de antemão que ao fim de um ano vão embora para entrarem outros".
"Se existem postos para serem ocupados, nós entendemos que é necessário criar mais emprego" e que que "estas pessoas devem ter condições de se candidatarem e ocuparem estes postos de forma permanente", acrescentou.
Em declarações à Lusa, Arménio Carlos salientou que a CGTP vai "continuar a exigir que o salário mínimo nacional passe para os 540 euros a partir de janeiro, em simultâneo com a exigência do aumento dos outros salários".
"Este valor é profundamente insuficiente e é injusto, porque não responde às necessidades e aos anseios da esmagadora maioria dos trabalhadores", afirmou, salientando não aceitar também que "um trabalhador que tem uma qualificação receba tanto como um trabalhador que não tem uma qualificação".