Ao que o jornal i apurou, os 14 milhões de euros que terão sido uma prenda do empreiteiro José Guilherme ao ex-banqueiro Ricardo Salgado poderão não ter sido, afinal, um agradecimento, mas sim uma comissão disfarçada.
A mesma fonte adianta que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal está a investigar esta tese por acreditar que aquele valor seja referente a comissões camufladas, tendo a casa do empreiteiro ter sido já alvo de buscas neste âmbito.
Os investigadores da Operação Monte Branco acreditam que José Guilherme terá sido um intermediário de dinheiro entre Ricardo Salgado e Angola, onde tinha negócios
Durante os interrogatórios levados a cabo ao longo deste processo, o gestor de conta de Ricardo Salgado e um dos sócios da Akoya, afirmou que os 14 milhões transferidos de uma offshore do construtor para outra offshore do ex-banqueiro terão tido origem em negócios que o empreiteiro realizou naquele país africano.
Os investigadores acreditam que José Guilherme terá sido um intermediário de Salgado para fazer circular dinheiro em Angola sem que a origem fosse denunciada.