Doente que morreu podia ter recebido remédio sem custos

A farmacêutica Gilead, detentora do medicamento inovador para a hepatite C, disse hoje que a doente que morreu recentemente vítima da doença podia ter tido acesso ao fármaco sem qualquer custo para o Estado.

Notícia

© Lusa

Lusa
04/02/2015 17:03 ‧ 04/02/2015 por Lusa

País

Hepatite C

A informação foi avançada pelo Rádio Renascença e entretanto confirmada, em comunicado, pela empresa Gilead.

Na nota hoje enviada à agência Lusa, a Gilead disse nunca ter recebido qualquer nota de encomenda para o uso do medicamento na mulher de 51 anos, que morreu na sexta-feira vítima de hepatite C, apesar de o laboratório o ter disponibilizado.

Segundo a farmacêutica, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental enviou à Gilead, a 4 de novembro do ano passado, um pedido de acesso sem custos ao medicamento Ledispasvir/Sofosbuvir, mas na altura não havia enquadramento legal para o fornecer sem custos.

Na sequência de um pedido de esclarecimento, a Autoridade do Medicamento explicou, a 31 de dezembro de 2014, que o fornecimento do medicamento se enquadrava num novo regulamento relativo ao programa para acesso precoce a fármacos sem custos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Nove dias depois, a Gilead comunica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental a sua disponibilidade para fornecer o medicamento a essa doente sem custos para o SNS.

Contudo, até hoje, o laboratório diz não ter recebido "qualquer nota de encomenda ao abrigo do respetivo regulamento por parte desse hospital para o medicamento em questão".

A Gilead recorda ainda que, no dia 16 de janeiro, foi acordado com o Ministério da Saúde o acesso sem custos ao medicamento para a hepatite C para os 100 doentes mais urgentes.

Questionada pela agência Lusa sobre se os medicamentos já foram disponibilizados e se começaram a ser tratados, a Gilead remeteu para a Autoridade do Medicamento (Infarmed), escusando-se a prestar mais esclarecimentos.

A Lusa contactou igualmente o Infarmed para obter explicações, mas até ao momento ainda não teve resposta.

A Gilead frisa que, logo que foi legalmente possível fazê-lo, acordou com o Ministério da Saúde "o acesso precoce e sem custos a 100 tratamentos".

[Notícia atualizada às 17h23]

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas