Portugal "tem responsabilidade" na expansão da Língua

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado defendeu hoje que Portugal "tem responsabilidade" em relação à expansão da Língua, que considerou um dos principais vetores de uma política do país para o espaço da lusofonia.

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Lusa
21/05/2015 13:39 ‧ 21/05/2015 por Lusa

País

Luís Amado

A difusão do português deve ser feita "no espaço da língua portuguesa e como língua estrangeira" e a política para a Língua não pode ser reduzida à orientação em relação ao acordo ortográfico, adiantou, ao participar na conferência "Cidadania Lusófona", integrada no primeiro Festival da Lusofonia de Lisboa, a decorrer até segunda-feira.

Luís Amado considerou que a definição rigorosa por parte de Portugal de uma política para o espaço da lusofonia é importante para o país afirmar o seu lugar no mundo, salientando que o espaço da lusofonia "não se restringe aos países da lusofonia" e é um "espaço geopolítico mais vasto (...) importante para todos os países lusófonos".

Defendeu ainda que a política de Portugal para a lusofonia deve integrar, além do referido vetor da Língua, políticas para o desenvolvimento, para a cidadania e para a organização multilateral, ou seja, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

É "possível e necessário dar uma ação efetiva" à política para o desenvolvimento, que deve passar pela "cooperação económica e empresarial" e "mobilizar atores privados", disse Amado, presidente do conselho de administração do Banif.

Em relação à CPLP, o ex-governante assinalou que o seu conceito estratégico mudou, tendo deixado de "ser redutor e fechado", um espaço de Portugal e as suas ex-colónias, para se tornar uma organização aberta, "estimulada por impulsos, visões e os interesses geoestratégicos" dos vários países que a constituem.

É uma "plataforma para inserção na globalização" com numerosas possibilidades, adiantou.

Promovida pela Câmara Municipal de Lisboa, União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Conexão Lusófona e Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, a Conferência Lusófona vai abordar ainda temas como "Cidadania e mobilidade", ‘Os jovens e o espaço lusófono’ e ‘O contributo das associações’.

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