"Não são assinaturas de crianças obrigadas a assinar cartas e abaixo-assinados nas salas de aula", frisou Mário Nogueira em declarações aos jornalistas à entrada para a Assembleia da República.
Além da via eletrónica, que registou cerca de 20.500 assinaturas, foram também recolhidas subscrições em papel, ao longo de duas semanas, totalizando hoje ao fim da manhã 71.123.
A petição vai continuar disponível, mas é já "a maior de sempre", segundo o dirigente sindical.
A FENPROF vai também entregar no Ministério da Educação, sob a forma de abaixo-assinado, o conjunto de assinaturas em defesa da escola pública.
Durante a tarde, vai decorrer no centro de Lisboa uma Tribuna Pública, aberta a toda a população, e que contará com testemunhos da historiadora Raquel Varela, da investigadora Ana Benavente e do deputado do PCP Miguel Tiago, entre outros, de acordo com a organização.
Este será também um momento de mobilização para a manifestação agendada para o dia 18, em Lisboa, em defesa da escola pública.
Trata-se, segundo Mário Nogueira, de afirmar a vontade dos portugueses em ter uma rede pública de ensino universal, gratuito e de qualidade.
Em resposta aos patrões que se afirmam preocupados com eventuais despedimentos nos colégios devido ao corte de financiamento nos contratos de associação com o Estado, Mário Nogueira respondeu: "Essa entidade empregadora que agora se diz preocupada com o desemprego, aumentou o horário de trabalho dos professores e atirou para o desemprego centenas de professores".