Arménio Carlos e a delegação da CGTP-IN foram apupados quando chegavam à sessão de encerramento do 21.º Congresso do PS, na FIL, em Lisboa, onde dezenas de manifestantes protestaram contra o fim dos contratos de associação do Estado durante mais de hora e meia.
"Sempre defendemos a necessidade de salvaguardar o emprego e dinamizar a contratação coletiva, o que é lamentável é que algumas das administrações destes colégios, que recentemente tiveram oportunidade de negociar a contratação coletiva tenham aumentado o horário de trabalho dos seus professores e também dos trabalhadores não docentes e originado com isso um despedimento coletivo de centenas e centenas de trabalhadores", afirmou Arménio Carlos aos jornalistas.
Os manifestantes desmobilizaram cerca das 12:35, um pouco mais de uma hora desde que iniciaram o protesto.
O líder sindical sublinhou que setor público, privado e o de economia social e cooperativa podem conviver, mas sublinhou que a questão dos contratos de associação prende-se com "um número restrito de colégios privados que querem continuar a viver à custa do Estado, ou seja, à custa dos impostos".
"Eles têm a liberdade de escolher, mas não têm o direito de nos obrigar a pagar as suas escolhas", declarou.
Sobre a situação laboral mais vasta, Arménio Carlos disse que a CGTP valoriza "aquilo que foi conseguido até agora" e defendeu que "depois da reposição de direitos" por parte do Governo e da maioria de esquerda na Assembleia da República, "é necessário melhorar".
"Há muitos problemas que subsistem e para os quais os trabalhadores têm legítimas expectativas que as políticas que o PS e a maioria na Assembleia da República possam vir a dar resposta", declarou.
Pedindo que o Governo vá longe - "ir mais longe é também confrontar a União Europeia" - o líder da CGTP declarou que é fundamental responder a quatro grandes eixos: criação de emprego seguro e com justa retribuição, desbloquear a contratação coletiva, promover um aumento geral dos salários e mais e melhores serviços públicos.