A Fenprof emitiu um comunicado comentando a polémica de um artigo do jornal Público sobre a manifestação a favor da escola pública. Diz aquela entidade que o jornal não tem sido “neutro” na questão dos contratos de associação.
“Não surpreende, por isso, que use dois pesos e duas medidas quando se refere, no mesmo artigo, a duas manifestações: a da Escola Pública, pondo em causa a informação divulgada pelos promotores; a dos colégios privados, dando como certa a informação dos promotores”, escreve a Fenprof que, frisa, não quer colocar em causa a opção editorial do jornal. No entanto, considera-a “tendenciosa”.
A Fenprof vai mais longe ao dizer que, neste caso, o jornal divulgou “mentiras”, que “já entram no domínio do inaceitável e ferem a democracia”.
Em causa está uma peça em que a jornalista terá escrito, “sem confirmar”, que vários dirigentes tinham subido ao palco. “Como pôde alguém ter escrito isso? Quem inventou tal “facto”? Estaria a jornalista no local e tido alguma ilusão ótica, ou, simplesmente, não esteve e recebeu algum telefonema com informação falsa que tomou como correta?”, questiona a Fenprof.
Em relação aos números de manifestantes, outro dos pontos polémicos do artigo, para a Fenprof , “o estranho” é a fonte do jornal Público ter indicado números como os que chegou a divulgar: duas mil pessoas. Um número que o sindicato diz ser inferior a quantos viajaram só nos comboios que partiram do norte.
Quanto aos alegados quinze mil, “esse é um número inferior aos que se deslocaram em transportes organizados pelas entidades promotoras”.
Procurando apurar a verdade, a Fenprof informou que já dirigiu um ofício ao comando da PSP de Lisboa para saber se foi ou não prestada qualquer informação à comunicação social em geral e, em particular, ao jornal Público.
Quanto aos números reais, o sindicato dos professores sublinha que todos os que lá estiveram perceberam a dimensão da Marcha. "Os que não estiveram, puderam avaliar pelas fotografias e imagens televisivas o número de quantos, no passado dia 18 de junho, se manifestaram publicamente em defesa da Escola Pública", termina.