Álvaro Siza Vieira, Rem Koolhaas - criador da Casa da Música, no Porto, João Luís Carrilho da Graça e os ateliês Lacaton & Vassal e Caruso St John Architects estão na lista dos arquitetos conferencistas, de acordo com a organização.
A conferência terá como tema 'Adaptive Re-use. The Modern Movement Towards the Future' e inclui um programa de mesas-redondas, 'workshops' e visitas a edifícios e estruturas urbanas, no centro e norte do país.
Joan Busquets, Juhani Pallaasma, Winfried Brenne e João Gomes da Silva são outros dos arquitetos que deverão participar no evento iniciativa do Docomomo - comité internacional para a documentação e conservação de edifícios, sítios e espaços públicos.
O Docomomo realiza esta conferência internacional cada dois anos, tendo a anterior decorrido em Seul, na Coreia, também com a presença de arquitetos de todo o mundo, desde a Austrália, Chile, Reino Unido, Brasil, Grécia, Israel, México, Finlândia e Espanha.
Trata-se de uma organização criada nos anos 1980 para promover a documentação e conservação de edifícios e espaços públicos criados no século XX.
Este ano, o tema foca-se na conservação e reutilização de edifícios, promovendo e divulgando as técnicas apropriadas e métodos de conservação para explorar e desenvolver novas ideias para um ambiente construído sustentável no futuro, baseado nas experiências do passado.
Em março deste ano, quando foi aberta a receção de trabalhos para a conferência internacional, a agência Lusa contactou a presidente da organização, arquiteta Ana Tostões, sobre o encontro, que sublinhou a relevância da reabilitação e da recuperação de edifícios para o futuro.
"É um tema cada vez mais importante, porque tem a ver com a sustentabilidade", sublinhou a professora catedrática do Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Ana Tostões considera que a crescente reutilização dos edifícios "é uma grande vitória na área da sustentabilidade, com vantagens económicas, políticas, culturais, ambientais e sociais".
"Há um imenso parque de edifícios e estruturas criadas no século XX, que estão ao abandono. Trata-se de um grande património, de valor variável, mas importante e desafiante para os arquitetos. Numa altura de crise económica, quando há menos obras a construir de raiz, é cada vez mais importante olhar para estas construções do Movimento Moderno", sublinhou Ana Tostões.
A conferência internacional inclui 'workshops' de 01 a 05 de setembro e visitas, entre os dias 04 a 12 de setembro, em Lisboa e no norte do país, realizadas em parceria com universidades do Porto, Guimarães e Coimbra.