O Ministério da Educação divulgou hoje as listas de colocação de professores, anunciando que foram já colocados 7.306 docentes contratados nas escolas portuguesas.
Ainda que não tenham saído “tão tarde como aconteceu em quase todos os anos do mandato de Nuno Crato” as listas “saíram com atraso em relação ao que seria necessário às escolas”, condena a Federação Nacional Dos Professores.
Aquele que diz ser um “crónico atraso” será um dos problemas a discutir na revisão do regime de concursos, num processo de negociação entre o sindicato e os professores a partir de outubro.
Num comunicado enviado às redações, a Fenprof aponta ainda que estas listas “não disfarçam o problema do desemprego docente e não respondem às necessidades permanentes das escolas”.
“São quase 30.000 os que não obtiveram colocação” e a criação de mega-agrupamentos, alterações curriculares, encerramento de escolas e agravamento dos horários de trabalho, são alguns fatores apontados como motivo para este número.
Pela positiva, destaca-se a colocação de todos os professores em contratação inicial com extinção da Bolsa de Contratação de Escolas que permitia colocação de professores contratados ao longo do ano letivo.
“Relativamente aos 500 docentes a mais contratados [...] ele é semelhante ao de professores que se aposentou ao longo do ano anterior e sinaliza a necessidade que as escolas têm de reorganizar os seus quadros de acordo com as necessidades reais que apresentam”.