O ministro do Planeamento e das Infraestruturas garante que o comboio que descarrilou esta manhã pertence à espanhola RENFE e não à CP.
Pedro Marques falava aos jornalistas numa altura em que surgem dúvidas acerca do país a que pertence o comboio acidentado junto à estação de O Porriño, em Pontevedra, Espanha.
“A informação que tenho é de que se trata de um comboio da RENFE operado pela CP”, garantiu o ministro português.
A RENFE diz precisamente o inverso, que o comboio pertencia à Comboios de Portugal (CP), numa ligação explorada em parceria com a congénere espanhola.
Já o presidente da CP, Manuel Queiró, diz que o “comboio é luso-espanhol, propriedade comum da CP e da espanhola RENFE, explorado conjuntamente pelos dois países, pelas duas empresas”.
Desfazer esta dúvida torna-se importante porque pode ter influência na questão dos seguros, atribuição de responsabilidades e eventual pagamento de indemnizações.
Pedro Marques confirmou a morte de pelo menos um português, o maquinista, e fez questão de deixar uma “palavra sentida às famílias por esta tragédia”.
O “acidente está a ser investigado pelas autoridades espanholas e portuguesas”, mas garante o ministro que “neste acidente, tendo ocorrido em Espanha, a responsabilidade do inquérito é das autoridades espanholas”.
“O nosso gabinete de investigação de acidentes ferroviários já se colocou à disposição do gabinete espanhol e a nossa Infraestruturas de Portugal também já se colocou à disposição das autoridades espanholas”, concretizou,.
O comboio fazia ligação entre a cidade espanhola de Vigo, de onde partiu às às 9h02 (hora local, 8h02 em Portugal) e o Porto. Pelo menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no descarrilamento.