O ministro da Educação insiste em recusar a ideia de que as alterações ao programa de Matemática se traduzem num novo programa, e garante que não vão obrigar à compra de novos manuais, ainda que algumas editoras tenham optado por fazer novas edições, explicou Nuno Crato em entrevista à RTP.
“O que muda no programa são as indicações pedagógicas que vão ser eliminadas, ficando os professores com maior liberdade para ensinar os alunos”, disse o governante, adiantando que “não faz sentido falar em instabilidade”.
Para o ministro da Educação, a eliminação dos conselhos pedagógicos não faz falta, porque “os professores são muito competentes, e mesmo os novos são muito empenhados”.
Questionado sobre o nível de ensino da disciplina e os resultados dos alunos portugueses, que ficam, por exemplo, à frentes dos estudantes alemães, Crato lembrou que “o facto de estarmos à frente dos medíocres não quer dizer que sejamos bons”.
Na opinião do ministro, é preciso olhar para Singapura e para a Coreia. “Portugal continua abaixo da média”, acrescentou Nuno Crato.