Urnas de onde nascem árvores. A ideia que não agrada às funerárias

Tudo começou com a chegada da Sigma Pack a Portugal. Contudo, a ideia parece não agradar às agências funerárias tradicionais.

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Inês André de Figueiredo
10/12/2016 07:36 ‧ 10/12/2016 por Inês André de Figueiredo

País

Sigma Pack

A chegada de urnas recicláveis a Portugal veio trazer uma nova forma de encarar a morte e sobretudo os funerais. Com a ideia de que um ser que faleceu pode ser transformado numa vida, através de uma árvore, a Sigma Pack pretende ser amiga do ambiente e mudar mentalidades mais conservadoras.

Mas o êxito da ideia não agrada a todos e, apesar do apoio conseguido pelo Ministério do Ambiente, a Sigma Pack tem estado para as funerárias tradicionais como a Uber para os taxistas. No entanto, a etiqueta de que será a ‘Uber das funerárias’ não chateia o responsável pela empresa.

Nuno Gonçalves, em declarações ao Notícias ao Minuto, utilizou um cliché da área da publicidade para resumir o assunto: “Falem bem ou falem mal, falem”.

O dono da empresa explica que há um sentimento de que o conceito vem “interferir com muita coisa que estava no mercado e na qual não se mexia”. Porém, a Sigma Pack surgiu no sentido de ser “transparente” dentro da área.

“As pessoas que são extremamente conservadoras não se identificam e isso faz com que não se sintam bem. Era um negócio muito ligado a um círculo fechado e, de repente, existe uma empresa que esclarece, informa e que fala sobre o tema, que coloca a morte num processo natural”, realça.

Nesta senda, Nuno Gonçalves ilustra que “a Uber veio introduzir novas formas de estar no mercado que fazem todo o sentido” e que a Sigma Pack vem fazer praticamente o mesmo mas numa área diferente.

Os consumidores têm “exigências” a que “nem sempre as empresas que estão no mercado conseguem” responder. “Isso faz com que eles se sintam incomodados", sabendo de antemão que não há muita forma de contrariar”.

O responsável pela Sigma Pack refe ainda que “tem havido evoluções bastante positivas” tanto no setor dos funerais de animais como no dos humanos, sendo que no que toca aos animais “as coisas têm sido bastante mais fáceis porque não existe tanta barreira a transpor”.

“Este é o caminho que achamos que é normal e que está a ter uma excelente aceitação” e a ideia que já havia sido noticiada pelo Notícias ao Minuto tem vindo a crescer. 

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