"As expectativas dos profissionais são mais do que legítimas", sublinhou o ministro da Saúde, no âmbito de uma vista ao Hospital Pediátrico de Coimbra, onde foi confrontado, na entrada, com exigências por parte do Sindicato dos Enfermeiros.
O sindicato entregou "uma prenda" ao ministro, exigindo a reposição das 35 horas de trabalho "para todos" os enfermeiros e mais verbas para serem contratados mais profissionais.
Questionado por um dirigente sindical sobre quando é que vai haver reposição das 35 horas para todos os enfermeiros, o ministro disse que será "quando o país puder", salientando que o executivo vai continuar a "trajetória" de contratação de mais enfermeiros, que são "um pilar importantíssimo do Serviço Nacional de Saúde".
Em declarações aos jornalistas, Adalberto Campos Fernandes frisou que o Governo, ao fim de um ano, "foi o que mais enfermeiros recrutou" e que conseguiu fazer "a reposição justa das 35 horas para mais de 31 mil enfermeiros".
O ministro da Saúde referiu que a obrigação do executivo é a de "continuar a trabalhar para que 2017 seja um melhor ano para o Serviço Nacional de Saúde e para os portugueses".
Na visita ao Pediátrico de Coimbra, Adalberto Campos Fernandes ouviu os profissionais de saúde, bem como as famílias, com uma mãe a enaltecer o trabalho do hospital, que salvou a vida do seu filho, que "não se importa de passar o Natal" naquele espaço, porque "apanhou o carinho" dos profissionais.
A iniciativa serviu para "prestar homenagem aos 130 mil profissionais do Serviço Nacional de Saúde que hoje mesmo, em todo o país, estão a prescindir de estar com as suas famílias e estão a fazer aquilo que sabem fazer melhor, que é servir os portugueses", frisou o ministro, que ainda deixou a promessa de contratação de mais enfermeiros para aquele hospital, após ouvir os pedidos do diretor do serviço de pediatria médica, que defendia mais "três a quatro enfermeiros" para o seu serviço.