CGTP espera que partidos concretizem no Parlamento promessas sobre a TSU

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse hoje esperar que os partidos concretizem no parlamento as suas promessas em torno da Taxa Social Única (TSU), considerando que este é o momento certo para revogar esta medida.

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Lusa
19/01/2017 13:59 ‧ 19/01/2017 por Lusa

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Arménio Carlos

"Vamos aguardar até à próxima semana na perspetiva de que os partidos que se comprometeram a votar pela revogação da TSU venham a concretizar a sua promessa em votos e em maioria na Assembleia da República(...). Também aqui, mais do que falar, é preciso concretizar", afirmou Arménio Carlos, que falava à Lusa depois de uma reunião com o grupo parlamentar do PCP sobre o assunto.

"Esse compromisso conseguimos assegurar do PCP, que desde logo se manifestou disponível para concretizar este objetivo de revogar a TSU e estamos a aguardar reuniões com os restantes partidos para também verificar qual a disponibilidade de cada um deles para que isto se venha a concretizar", acrescentou.

Na terça-feira, patrões, UGT e Governo assinaram o Compromisso para um Acordo de Médio Prazo, que prevê o aumento do salário mínimo nacional para 557 euros e a descida da TSU em 1,25 pontos percentuais.

Para Arménio Carlos, a TSU deve ser revogada pois o salário mínimo nacional "não pode servir de moeda de troca para colocar as empresas privadas na subsidiodependência dos dinheiros da segurança social e também do Orçamento do Estado".

"A queda da taxa social única corresponde a uma confrontação com a manutenção de um sistema de baixos salários e trabalho precário e de um bloqueio da contratação coletiva que estava subjacente", disse o secretário-geral da CGTP.

"O que o acordo entre o Governo e as confederações patronais consagrava era beneficiar, premiar as entidades empregadoras que neste caso concreto contratassem trabalhadores com vínculos precários, que bloqueassem a contratação coletiva e que oferecessem o salário mínimo nacional", considerou Arménio Carlos, lembrando que o salário mínimo abrange 21% dos trabalhadores, quando há cerca de seis anos não ultrapassava os 11%.

O secretário-geral da CGTP sublinhou ainda: "o salário mínimo nacional não se pode transformar na referência salarial nacional. Isso seria mau porque acentuaria as desigualdades e bloquearia a evolução das carreiras profissionais e os restantes salários".

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