O relatório da comarca de Lisboa do ano 2016, publicado na página da internet do MP, adianta que foram registados 3.493 inquéritos de cibercriminalidade, dos quais 167 resultaram em acusação e 3.225 em arquivamento.
O MP da comarca de Lisboa investigou também 3.230 inquéritos relacionados com a violência conjugal ou equiparada, sendo 2.767 contra homens e 463 contra mulheres.
Dos 3.230 inquéritos instaurados, 2.025 foram arquivados e 439 resultaram em acusação.
O terceiro crime mais investigado pela comarca de Lisboa em 2016 foram os fiscais, tendo sido instaurados 1.347 inquéritos, dos quais 712 foram arquivados e 323 resultaram em acusação.
A criminalidade económico-financeira deu origem a 872 inquéritos em 2016, seguido dos crimes sexuais contra menores (pedofilia), que totalizaram 777, e da criminalidade organizada ou grupal, que somaram 676.
Segundo o relatório, foram igualmente investigados, no ano passado, 498 crimes relativos a agentes da autoridade, dos quais 119 foram praticados por agentes da autoridade e 379 contra agentes da autoridade.
A comarca de Lisboa instaurou 179 inquéritos relacionados com a violência contra menores, sendo 161 praticados no seio da família e 18 fora da família.
O mesmo documento dá também conta dos 107 crimes de violência em comunidade escolar registado por esta comarca, sendo a maioria (80) contra professores.
O documento, assinado pelo coordenador da comarca de Lisboa, José António Branco, indica também que foram investigados, no ano passado, 265 crimes contra pessoas vulneráveis, 16 contra profissionais de saúde, 175 de corrupção e afins, 139 de incêndios florestais, 54 por negligência na prestação de cuidados de saúde e 10 por tráfico de pessoas.
O MP está representado na comarca de Lisboa em Almada, Barreiro, DIAP de Lisboa, Local Lisboa, Moita, Montijo e Seixal.
A comarca de Lisboa iniciou 89.914 inquéritos criminais em 2016, menos 1,72 por cento do que em 2015.