Joana Marques Vidal esclareceu que fixou um prazo - até final de abril - para o diretor do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), onde corre o inquérito, fazer um “ponto de situação” sobre o processo do caso que envolve José Sócrates.
Assim, Procuradora-Geral não define um novo prazo para concluir a investigação, determinando apenas que as informações de permitirão, “nessa altura, dizer qual o prazo admissível para a emissão de um despacho final”.
Amadeu Guerra deverá informar qual a "evolução entretanto ocorrida nos segmentos e fases de conclusão do inquérito e elaboração do despacho final" e "indicar o prazo que se mostra ainda necessário, se esse for o caso".
O diretor do DCIAP está ainda encarregue de ponderar a adoção de medidas de gestão "que se mostrem adequadas a que o prazo a definir seja cumprido, designadamente a adoção de medidas tendentes a fortalecer a direção do inquérito, entre as quais a sua eventual avocação".
A Procuradoria-Geral da República anunciou hoje que decidiu adiar até ao final de junho a conclusão da acusação contra José Sócrates.
O pedido de adiamento foi feito pelos procuradores do processo, tendo entendido Joana Marques Vidal que "o pedido de prorrogação do prazo concedido para a conclusão da investigação e da redação do despacho final mostra-se justificado e deverá ser atendido".
A 14 de setembro de 2016, a procuradora-geral da República tinha decidido conceder mais 180 dias, que terminavam hoje, aos titulares do inquérito, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Contactado pelo Notícias ao Minuto, João Araújo diz que “a reação [à notícia] será comunicada oportunamente” .