A Quercus reagiu ao facto de o “Conselho de Segurança Nuclear (CSN) ter viabilizado a proposta do Governo Espanhol para estender em cerca de dois anos o prazo para que o consórcio Iberdrola, Endesa Generación e Gas Natural, que explora a Central Nuclear de Almaraz, apresente o pedido de renovação da licença de funcionamento desta Central”.
Como tal, a organização ambientalista garante que “esta é a confirmação de que têm surtido efeito as fortes movimentações em Espanha para que a Central não encerre no prazo definido (Junho 2020)”.
Pede-se, então, no comunicado enviado às redações, que o Governo “atue com mais celeridade e firmeza, no sentido de serem acautelados os interesses nacionais, e recorra de novo, e com urgência, às entidades europeias”.
A alteração agora decidida pelo CSN, com a conivência do Governo Espanhol, permite que as empresas que exploram a Central Nuclear de Almaraz solicitem apenas a renovação da licença de funcionamento dois meses depois de o Governo aprovar o Plano Integral de Energia e Clima ou, quando a Central apresente a sua Revisão Periódica de Segurança o que, na prática, adia a data do pedido de renovação da licença de funcionamento desta Central em cerca de dois anos, e vem desde já prolongar o período de vida de Almaraz para além de 2020, uma vez que não será possível respeitar de forma nenhuma esta data”, pode ler-se na nota.
Frisando que a decisão em causa é “inadmissível”, a Quercus recorda que a central que “está já a funcionar desde o início dos anos 80, acabou por não encerrar na data prevista - Junho de 2010”.