"Converter tragédias que vivemos em razão mobilizadora de mudança"

Marcelo destacou a determinação e a resistência dos portugueses na mensagem de Ano Novo. Realça que portugueses têm de sentir "confiança na sua segurança" e falou em dois anos distintos em 2017.

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Fábio Nunes
01/01/2018 20:19 ‧ 01/01/2018 por Fábio Nunes

País

Presidente República

O balanço de Marcelo de Rebelo de Sousa de 2017 não podia fugir às tragédias que marcaram o ano que findou em Portugal. E foi destacando essas tragédias que o Presidente da República apelou para que estas sirvam para uma ação de mudança no novo ano.

"A mensagem que ouvi sem excepção, meses a fio e novamente no Natal, foi uma só: temos de converter as tragédias que vivemos em razão mobilizadora de mudança, para que não subsistam como recordação de irrecuperável fracasso", disse Marcelo na sua mensagem de Ano Novo.

Marcelo falou num ano "estranho e contraditório que "tanto exigiu" dos portugueses. Um ano "tão povoado de reconfortantes alegrias e profundas tristezas", sublinhou.

O Presidente realçou a recuperação económica e o "crescimento do emprego".

"Ninguém imaginaria há menos de dois anos poder partilhar tão rápida e convincente mudança, sem dúvida  iniciada no ciclo político anterior, mas confirmada neste que tão grandes dúvidas tinha suscitado cá dentro e lá fora", afirmou Marcelo.

Elogiando a "determinação" e a "resistência" dos portugueses, Marcelo acrescentou que "se o ano tivesse terminado a 16 de junho ou se tivesse sido por mais seis meses como até então, poderíamos falar numa experiência singular, constituída quase apenas por vitórias".

No entanto, o dia 17 de junho mudou isso. "Mas um outro ano bem diverso se somou ao primeiro. Foi marcado pelo pesar no Funchal, o espectro da seca e as tragédias dos incêndios, esse pesadelo para todos nós, tão brutalmente inesperadas e devastadoras em perdas humanas e comunitárias, que acabariam por pesar no balanço de 2017".

2018, o ano da reinvenção

Para o ano que começou esta segunda-feira, Marcelo deixou um apelo. "O ano que hoje começa tem de ser o ano dessa reinvencão, que tem de ser mais do que a mera reconstrução material e espiritual. Reinvenção pela descoberta desse ou talvez desses vários portugais, esquecidos, talvez pela distância dos que decidem habitualmente pelos votos os destinos de todos".

Mas o Chefe de Estado também deixou um alerta ao Governo.

"Reinvenção da confiança dos portugueses na sua segurança, que mais do que estabilidade governativa, finanças sãs, emprego crescente, rendimentos, é ter a certeza que nos momentos críticos as missões essenciais do Estado não falham nem se isentam de responsabilidades", referiu.

E depois foi a vez de lançar um apelo ao povo português. "Temos de mostrar a mesma vontade de vencer que nos fez recusar a resignação de uma economia e sociedade condenadas ao atraso e à estagnação. Temos de superar o que de menor nos divide para afirmar o que de maior nos une".

"Mais do que nunca acredito nos portugueses, o que significa que acredito em Portugal", concluiu Marcelo a sua mensagem de Ano Novo.

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