Matosinhos quer acelerar concessão dos transportes após novo acidente

A Câmara Municipal de Matosinhos vai pedir à Área Metropolitana do Porto (AMP) para antecipar o concurso público da nova concessão dos transportes públicos no concelho, depois de hoje mais um autocarro da operadora Resende se ter incendiado.

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Lusa
24/04/2018 17:27 ‧ 24/04/2018 por Lusa

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Concurso

Durante a reunião pública do executivo municipal, no período antes da ordem do dia, a presidente da câmara, Luísa Salgueiro, adiantou que a "situação de Matosinhos", onde não é a primeira vez que um acidente desta natureza acontece, justifica a antecipação do processo de concurso público, assim como o estabelecimento de "critérios mais rigorosos" aquando da elaboração do caderno de encargos.

Um incêndio deflagrou hoje num autocarro Resende que circulava na zona de Perafita, em Matosinhos, mas não provocou vítimas.

Em outubro de 2016, um acidente com um autocarro da Resende resultou numa vítima mortal e quatro feridos graves, em Matosinhos, também em julho de 2017 se registaram incêndios com autocarros da empresa em Matosinhos e Valongo.

Por este motivo, Luísa Salgueiro vincou que na próxima reunião da AMP, que acontece na sexta-feira, irá dar conta da vontade da autarquia em antecipar o concurso público e "resolver rapidamente" este processo.

"Enquanto houver viaturas a circular que ponham em causa a segurança pública e que não cumpram as normas ambientais, a câmara não pode deixar de estar preocupada", frisou.

A autarca explicou que, quando o contrato com a operadora estava a terminar, a câmara decidiu prorrogá-lo "excecionalmente" por mais um ano, que termina em dezembro de 2018, para garantir que o serviço de transportes no concelho não fosse interrompido.

"A empresa tem vindo a cumprir os compromissos e as inspeções são feitas regularmente, porém, como é do conhecimento público, ainda existem deficiências no serviço prestado e, apesar de se tratar de uma empresa de Matosinhos que gera emprego e crescimento, não podemos permitir que a Resende não cumpra escrupulosamente as regras", sustentou.

Por seu lado, o vereador dos Transportes e Mobilidade, José Pedro Rodrigues, recordou que o acidente que aconteceu hoje não é um ato isolado, considerando que a AMP tem de reconhecer que Matosinhos vive uma situação excecional nesta matéria.

Entendendo que o diálogo deve ser feito de forma "urgente", José Pedro Rodrigues afirmou que o município tem procurado dar todas as oportunidades à Resende para melhorar o serviço e, apesar de essas terem vindo a acontecer ocasionalmente, ainda não são suficientes.

Reagindo ao acontecimento de hoje, o independente António Parada entendeu que deveria ser criada uma comissão para encontrar uma solução para que não perca Matosinhos, nem a Resende.

Também o independente Narciso Miranda considerou que os acidentes são "demais", pedindo informações sobre a entidade que licenciou o autocarro, a data da última inspeção e as reparações que sofreu nos últimos tempos.

 

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