No final da votação dos projetos de despenalização da Eutanásia que foram chumbados pelos deputados no Parlamento, Paula Teixeira da Cruz, uma das seis caras do PSD que votou a favor da despenalização da eutanásia revelou que não ficou surpreendida com o desfecho que teve este assunto.
"Não, não me surpreendeu, nós tínhamos tido uma reunião do grupo Parlamentar e o líder do grupo parlamentar tinha sido muito claro a esse respeito. Máxima liberdade, máxima responsabilidade. Esta é uma matéria de consciência, não podemos esperar que haja mais votos a favor ou menos votos favor consoante aquilo que defendemos”, começou por dizer aos jornalista logo após o término da votação.
“Pessoalmente lamento muito porque esta questão tem estado a ser discutida com base na despenalização e não com base num direito. Isto é, se a vida compreende a morte então nós também podemos dispor dela. A Constituição não diz que a vida é irrenunciável, diz que ela é inviolável por terceiros”, explicou também Paula Teixeira da Cruz.
A deputada social-democrata falou ainda num caminho a percorrer e lembra o processo da legalização do aborto. “O primeiro referendo foi o que foi”, disse, concluindo negando um divergências no seio do PSD, uma vez que a bancada votou num sentido e o líder, Rui Rio, noutro.