No final da reunião da conferência de líderes, que terminou com o chumbo à iniciativa do CDS, Heloísa Apolónia lembrou que “ao longo de muitos anos” o seu partido tem “batalhado para que os sucessivos governos não encerrem linhas ferroviárias, que invistam em material circulante e que não reduzam pessoal, o que é fundamental para que o serviço ferroviário possa servir as populações”.
Face ao exposto, a deputada do partido ecológico frisou que está marcada para o próximo dia 6 uma reunião da comissão permanente na qual a “matéria da ferrovia merece ser discutida com grande pertinência e profundidade”.
“Consideramos que o Governo deve estar presente e trazer soluções para a Assembleia da República para as discutirmos em conjunto no Parlamento”, atirou, garantindo que o “objetivo de Os Verdes é o de que a situação atual se altere e que haja de facto investimento”.
“Vamos batalhar nesse sentido no próximo Orçamento do Estado”, assegurou.
Anteriormente tinha sido a vez de Fernando Negrão, do PSD, falar aos jornalistas, tendo dito que as “políticas do Governo estão a pôr em causa a ferrovia”, enquanto Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, havia garantido que é o "negócio que está a imperar nas intenções que o CDS traz para debate político”.
Já João Oliveira, do PCP, tinha acusado o CDS de "em junho" não ter querido saber do problema, estando apenas "concentrado na linha de Cascais".
Por sua parte, o centrista Telmo Correia havia dito que é de "lamentar" que a Esquerda tivesse chumbado a iniciativa do CDS em querer marcar uma reunião de urgência para discutir a ferrovia.