O deputado do Partido Social-Democrata, Carlos Abreu Amorim, aponta o dedo à ministra da Saúde na questão da sindicância solicitada por Marta Temido à atuação da Ordem dos Enfermeiros.
“Em vésperas do 25 de Abril nada melhor do que este sinal inequívoco de que hoje, como dantes, quem tem coragem para desafiar a ‘situação’ deve estar preparado para sofrer as consequências”, escreveu o social-democrata na sua página de Facebook.
Ainda sobre este tema, Carlos Abreu Amorim afirmou que “esta ministra é uma desgraça para a Saúde”, algo que, sublinhou, “já se sabia”. Porém, na sua ótica, a novidade agora é que se percebeu que “se a deixarem, também se pode tornar numa tragédia para a Democracia”.
Esta reação do deputado do PSD surge na sequência da notícia que dá conta de que Marta Temido determinou uma sindicância à Ordem dos Enfermeiros, tendo justificado a sua decisão com "intervenções públicas e declarações dos dirigentes", bem com "atividades realizadas pela Ordem e correspetivas prioridades de atuação".
Saliente-se que num anúncio publicado num jornal diário no final da semana passada, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) convida todos os que tenham razões de queixa ou agravo em relação à Ordem dos Enfermeiros para as apresentarem à Inspeção.
A bastonária Ana Rita Cavaco já reagiu a esta decisão da ministra, descrevendo-a como uma “perseguição nunca antes vista” e um “ataque à democracia”, razões que a levam a pedir a intervenção do Presidente da República e a garantir que Marta Temido “não tem condições para cumprir o seu mandato até às eleições legislativas”.
“Nada anda, nada é resolvido e toda a informação que vem da parte da senhora ministra não é credível", disse a bastonária à agência Lusa.
"A ministra está numa senda de perseguição à Ordem dos Enfermeiros e aos seus órgãos. Tentou primeiro com uma exposição à senhora procuradora-geral da República que, pelos vistos, não resultou e ainda ninguém sabe o que está nessa exposição. Não conseguindo, fez um despacho a 16 de abril para a IGAS, solicitando uma sindicância alargada à Ordem", concretizou Ana Rita Cavaco.