"Normalização da extrema-direita espanhola diz muito do que é o CDS"
Nuno Melo não considera o Vox, um partido anti-imigração, um partido de extrema-direita. As críticas ao cabeça de lista do CDS às europeias não se fizeram esperar.
© Global Imagens
Política Barbosa Ribeiro
Depois de o próprio Paulo Sande ter repudiado a associação feita por Nuno Melo entre o Vox e a Aliança, e de Ana Gomes ter censurado as declarações do centrista, as críticas ao candidato a eurodeputado começam a amontoar-se.
Recorrendo ao Facebook, o deputado Tiago Barbosa Ribeiro afirmou que "a normalização de Nuno Melo da extrema-direita espanhola revela muito do que o próprio é e sempre foi".
Acrescentou ainda que tal "também diz bastante do que é o CDS que o escolheu para encabeçar a lista ao Parlamento Europeu".
Para o socialista, há ainda uma outra leitura a ser feita. A referida "normalização da extrema-direita espanhola" por Nuno Melo "demonstra também, como aliás se tem visto em Espanha e noutros países, que a direita não está a conseguir ser um tampão à reemergência da extrema-direita e do fascismo".
"É canibalizada pela serpente", concluiu.
Isabel Moreira também realça o discurso "da normalização" do centrista, apontando que "Nuno Melo diz ao que vem e o CDS está em paz com isto".
Carlos Zorrinho aproveita os resultados das eleições gerais espanholas para, discretamente, atacar o CDS. "A extrema-direita xenófoba consegue 12% (E uma adesão relâmpago de Nuno Melo e do CDS ao seu programa)", escreve.
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