Depois de, na última quinta-feira, o Parlamento ter aprovado, na especialidade, uma alteração ao decreto referente ao descongelamento e pagamento do tempo de carreira dos professores, o país caiu numa crise política que levou o primeiro-ministro a garantir que se demite se o diploma for aprovado na generalidade.
Desde então muitas têm sido as críticas dirigidas aos partidos que aprovaram esta alteração – Bloco de Esquerda, PCP, PSD e CDS – e o partido de Assunção Cristas não tem sido alheio às vozes de reprovação.
Assim, numa tentativa de chegar aos seus militantes e clarificar o que se passou na ‘fatídica’ quinta-feira, a líder centrista enviou-lhes uma carta que, posteriormente, publicou na sua página de Facebook.
Na missiva, a antiga ministra da Agricultura começa por acusar o Governo de “tentar fazer esquecer que foi o governo socialista de José Sócrates quem congelou as carreiras dos professores, em 2005 e 2011”, ao contabilizar “apenas sete anos de congelamento – da troika até hoje”.
De uma forma simples e direta, Cristas divide a carta por subtítulos nos quais explica o que o “CDS propôs”, “o que o CDS chumbou”, o que “o Governo socialista já tinha aprovado”, o que “mudou com a votação” de quinta-feira, o que “foi aprovado” na quinta-feira e as “mentiras que correm”.
No longo texto, Assunção Cristas defende-se ao ataque, colocando uma questão aos centristas: “Depois de 4 anos deste Governo, depois das promessas quebradas, das de um ministro das finanças que diz uma coisa em Portugal e outra em Bruxelas, acha que esta farsa – desmentida por todos os outros partidos, ainda é credível?”.
Segundo a líder do CDS, o que “foi aprovado” na quinta-feira foi “que o congelamento foi de dois períodos, num total de 9 anos, determinados pelos Governos Sócrates; foram mantidos os 2 anos 4 meses e 9 dias que o Governo e Presidente da República tinham garantido; o pagamento destes 2 anos respeita integralmente o OE de 2019; tendo sido chumbados os critérios do CDS para a negociação, ficou apenas a indicação de que será o próximo Governo a ter de negociar a forma”.
Pode ler aqui a carta na íntegra.