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"Prefiro ser mau comunicador e trapalhão, do que fazer uma birra"

O deputado do CDS Nuno Magalhães e o vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, reagiram, esta segunda-feira, à ameaça de demissão de António Costa.

"Prefiro ser mau comunicador e trapalhão, do que fazer uma birra"

O deputado do CDS Nuno Magalhães e Nuno Morais Sarmento, do PSD, estiveram, esta segunda-feira, no Jornal da Noite da TVI, antes da entrevista de Miguel Sousa Tavares ao primeiro-ministro António Costa, para reagir à crise política que se vive em Portugal desde a passada quinta-feira.

O atual líder da bancada parlamentar centrista admitiu, em direto, que o CDS “comunicou mal” e que tem noção que a medida “não foi tão bem explicada como poderia e deveria ter sido”, mas diz que prefere ser “mau comunicador” e coerente do que “fazer birra”.

Eu prefiro ser mau comunicador e trapalhão, mas coerente do que fazer uma espécie de birra em nome de calendários eleitorais, de interesses partidários, em nome de cortinas de fumo de um candidato europeu que é mau, como se [António Costa] fosse dono da bola e, quando não está a ganhar o jogo, leva a bola”, assegurou, adiantando que a demissão do primeiro-ministro não passa de uma “farsa política”.

“Há um ponto que distingue o CDS dos demais partidos, o CDS não pediu a apreciação parlamentar. O CDS não pediu nunca que o decreto voltasse à Assembleia da República. O que o CDS fez foi muito simples, já que o PSD, BE e PCP pediram a reapreciação parlamentar, o CDS reapresentou a sua proposta de há pelo menos um ano e meio, igualzinha ao que sempre foi”, esclareceu.

Isto é, Nuno Magalhães garante que, a votação na especialidade apenas quis “amarrar o próximo Governo a negociar” e não criar uma crise política.

Já o vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, diz que a declaração de António Costa aos portugueses, onde o primeiro-ministro admitiu demitir-se caso o Parlamento aprove a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias do tempo de serviço congelado aos professores, não passou de uma “brincadeira”.

Como é costume o PS nunca faz o que diz nem diz o que faz. Desta vez com o requinte de se atirar para o chão a pedir penálti. Podia ser uma questão séria, tivemos incêndios, tivemos Tancos, tivemos as pedreiras, momentos que os portugueses sentiram. Mas não, a questão pela qual o primeiro-ministro se atira para o chão não é séria. Ele atira-se para o chão pela aprovação de quinta-feira passada, por algo que não tem qualquer reflexo no Orçamento de 2019, se fosse sério em vez de se atirar para o chão, não se recandidatava”, explicou o social-democrata.

Tal como Nuno Magalhães, Morais Sarmento afirmou que a “iniciativa do PSD foi para introduzir travões responsáveis” e não para provocar uma crise política a menos de seis meses das eleições.

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