Esta é a 16.ª vez que os portugueses serão chamados a votar em legislativas em democracia, incluindo as eleições para a Constituinte, em 1975, um ano após a 'Revolução dos cravos', em 25 de Abril de 1974.
A estas eleições concorrem partidos e coligações em número recorde - 21 - embora apenas 15 se apresentem a todos os círculos eleitorais.
No total, são eleitos 230 deputados numas eleições que, ao longo dos anos, têm vindo a registar um aumento da taxa de abstenção, uma tendência à escala europeia.
Depois de terem concorrido em coligação em 2015, PSD e CDS apresentam-se em separado às eleições. O PS também concorre sozinho, o mesmo acontecendo ao Bloco de Esquerda. O PCP apresenta-se, mais uma vez, na CDU, com o PEV e independentes. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que entrou no parlamento em 2015, volta a candidatar-se com listas próprias.
Nestas eleições, há quatro partidos novos - Aliança, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Chega, Iniciativa Liberal.
Em 2015, a taxa de abstenção atingiu o recorde de 44,4%, comparando com os 8,3% nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1985, ou os 16,4% das primeiras legislativas, em 1976.
Nas últimas eleições, PSD e CDS concorreram coligados e venceram as eleições (36,86%), sem maioria absoluta. O PS, que ficou em segundo lugar (32,31%), conseguiu um acordo à esquerda, o primeiro em democracia, permitindo um governo liderado por António Costa, com o apoio do PCP, BE e PEV, que, com os socialistas, formam uma maioria de esquerda na Assembleia da República.
Ao longo das últimas quatro décadas, no período de governos constitucionais, desde 1976, PS e PSD tem sido predominantes no poder em Portugal, com algumas experiências em que o CDS, mas à direita, fez coligações com o PSD (1980, 2002, 2011).
O CDS também teve um breve acordo com o PS, em 1976.
Apenas uma vez os dois maiores partidos (PS e PSD) fizeram um acordo de coligação (1983).