O ministro da Agricultura usou as redes sociais para comentar o assunto do momento – o facto de o reitor da Universidade de Coimbra ter anunciado que 14 cantinas da instituição de ensino vão deixar de servir refeições com carne de vaca.
Sem nunca referir a Universidade de Coimbra, o governante sublinha que “não deixa de ser amargo constatar que até as vetustas paredes da centenária academia são permeáveis ao populismo e à demagogia”.
“Sete séculos depois o decreto ainda derrota a educação, que é a maior garantia da liberdade individual e, dentro desta, da liberdade de escolha informada”, acrescenta ainda.
Capoulas Santos responde assim ao desafio colocado hoje pelo CDS de se posicionar quanto ao assunto. Em declarações à agência Lusa, a deputada Patrícia Fonseca, eleita e de novo candidata do CDS por Santarém, afirmou que a decisão do reitor, anunciada na terça-feira, é "um atentado à liberdade de escolha e ao mundo rural".
Esta declaração contraria a posição do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que esta quarta-feira elogiou a decisão de banir a carne de vaca das cantinas da Universidade de Coimbra.
De sublinhar que têm sido várias as vozes do setor da agricultura a manifestar-se contra a decisão do reitor.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), por exemplo, mostrou-se "perplexa". Afirmou a CAP que "a invocada 'emergência climática', desígnio que a todos convoca, não deve - não pode - servir de pretexto para a tomada de decisões infundadas, baseadas em alarmismos incompreensíveis".
"Esta decisão, tomada num contexto universitário, espaço de liberdade e de conhecimento, ainda causa maior perplexidade", critica a confederação do setor agrícola.