"Nós já governamos quatro anos sem maioria absoluta e governámos bem e com estabilidade. Não há nenhuma razão para que isso não aconteça nos próximos quatro anos", afirmou o também ministro das Infraestruturas e da Habitação aos jornalistas, no Hotel Altis, em Lisboa, onde a direção socialista acompanha os resultados da noite eleitoral.
No entanto, Pedro Nuno Santos não quis confirmar eventuais acordos com os partidos à esquerda porque é preciso "esperar pelos resultados finais".
"Acho que estamos a pôr um bocadinho a carroça à frente dos bois. Vamos com calma, as projeções são boas, a primeira reação só podia ser boa, vamos esperar que as projeções se confirmem e depois vamos ler com calma", salientou.
"Isso não significa que nós não trabalhemos com os parceiros com quem trabalhamos nos últimos quatro anos", prosseguiu o cabeça de lista socialista pelo distrito de Aveiro, quando questionado sobre as projeções.
As projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC e TVI dão a vitória ao PS nas eleições legislativas, entre 34% e 40% dos votos.
O cabeça de lista pelo distrito de Aveiro preferiu comentar que se trata de "uma grande vitória ao PS, uma grande vitória à esquerda portuguesa e uma grande derrota à direita".
"Não podemos pedir melhor", advogou.
Questionado ainda sobre se a elevação do tom durante a campanha e entre os partidos que compuseram a maioria parlamentar à esquerda no hemiciclo durante os últimos pode comprometer um futuro entendimento, Pedro Nuno Santos desvalorizou, afirmando que "as campanhas são campanhas e nós todos somos adultos".
O ministro das Infraestruturas e da Habitação referiu também que "seja qual for a composição final" do Governo da próxima legislatura, o PS "tem todas as condições para liderar um Governo com estabilidade para quatro anos".
"Eu quero é que o povo português tenha um governo bom, para governar para o povo, para os trabalhadores, para o país e isso vão ter com o PS", vincou.
Respondendo ainda às críticas de "excesso de triunfalismo" do vice-presidente do PSD, David Justino, Pedro Nuno Santos afirmou que parece "evidente" que a direita teve "um péssimo" resultado.
"Não vamos esconder a nossa satisfação", considerou.