João Galamba foi recebido em Boticas por populares que contestam a exploração de lítio. O secretário de Estado Adjunto e da Energia acabou, ao contrário do que foi inicialmente avançado, por visitar o Centro de Informação de Covas do Barroso, bem como os locais onde estão a decorrer os trabalhos de pesquisa e prospeção. Aí “foi possível falar com pessoas da aldeia mais próxima num ambiente descontraído e normal onde as pessoas fizeram as suas críticas e expressaram as suas dúvidas”.
Em declarações aos jornalistas, João Galamba lamentou que o grupo de manifestantes “não pareceu muito disponível para conversar”, mas garantiu que o Governo tem “toda a disponibilidade e interesse” em discutir o tema.
Sobre o projeto na Cova do Barroso, o secretário de Estado disse que o mesmo se encontra em “fase de elaboração de estudo de impacte ambiental” que depois será “discutido em sede própria”.
Quanto às críticas dos populares relativamente às consequências ambientais e visuais para a região, Galamba foi perentório: “A existência humana tem impactos. Toda a nossa vida tem impactos. A ideia de que pode haver existência humana sem impactos ambientais é ficção. O que vamos discutir é como minimizar esses impactos”.
Garantindo que a “extração de lítio é exatamente equivalente a uma pedreira de granito”, o secretário de Estado quis “sossegar as pessoas que pensam que o lítio vai provocar uma transformação muito significativa nesses territórios” lembrando que “convivem há muito tempo tranquilamente com pedreiras de lítio e minas de quartzo”.
“O caso das Pedras Salgadas e do Vidago é paradigmático: tem uma gigantesca mina de granito ao lado das termas e água continua a ser saudável e a vida continua a decorrer com normalidade”, rematou.