O CDS reagiu esta quarta-feira à mensagem de Ano Novo de Marcelo Rebelo de Sousa chamando à atenção para a parte do discurso do chefe de Estado onde se dirigiu à oposição, que deve ser "forte e alternativa ao Governo". Nuno Melo reconhece essas características no partido, ainda que a viver um "momento muito particular".
"O Presidente sublinha a necessidade de uma oposição que - na expressão do senhor Presidente - seja alternativa e forte. O CDS foi sempre uma oposição alternativa, forte e eficaz", afirmou, ainda que admitindo que o partido "vive um momento muito particular na sua história".
Ainda assim, Nuno Melo disse querer "deixar uma mensagem de esperança", afirmando que o "CDS reencontrará a sua liderança, continuará esse caminho na oposição e, quando for caso disso, no exercício do poder".
Questionado sobre as linhas fundamentais do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, onde o chefe de Estado pediu que se concentrem esforços "na saúde, na segurança, na coesão e inclusão", Nuno Melo respondeu que se tratou de "um discurso generalista, que se compreende dentro desta quadra". "Não deixa esconder uma realidade que infelizmente penaliza muitas famílias e muitas empresas", criticou.
O vice-presidente do CDS enumerou, depois, as questões do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com as "listas de espera sempre a aumentar"; a "crise de autoridade do Estado", vertendo essa crise nas polícias - "muito mal tratadas e incompreendidas" - e nos professores; e a "maior carga fiscal de que há memória".
O dirigente do CDS-PP salientou ainda as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa dirigidas aos ex-combatentes.
"Uma palavra de congratulação neste discurso em relação aos ex-combatentes, o CDS é o partido que esteve sempre ao lado do ex-combatentes e pediu sempre uma solução par aquilo que obviamente é uma falta de justiça de vida em relação aos que lutaram sem que lhes tenha sido pedido e que hoje, muitas vezes, sofrem muito", finalizou.