No Porto, no final de uma reunião de cerca de duas horas com a Ordem dos Médicos em que participou enquanto presidente do PSD, Rui Rio não quis responder às questões dos jornalistas sobre as eleições para a liderança do partido, nas quais tem como adversário Luís Montenegro.
Mas perante a pergunta de um dos jornalistas sobre se este "é um assunto que não lhe tira o sono?", o líder do PSD e candidato respondeu: "Não vai tirar com certeza".
"Se eu procurei marcar a reunião com a Ordem dos Médicos hoje - eu sei que amanhã [sábado] há eleições diretas - para lá da importância desta reunião, juntei o útil ao agradável e permite-me hoje dedicar a um problema sério para o país", declarou.
"Já disse tudo e mais alguma coisa e as pessoas amanhã [sábado] votam e ponto final. Estou aqui na qualidade de presidente do PSD e não de candidato. E estou consciente disso (...). Não estou aqui a tratar das eleições diretas, que já as tratei desde 21 de outubro", vincou.
Pela primeira vez na história do partido, no sábado, Rui Rio e Luís Montenegro vão novamente a votos, numa segunda volta, depois de o atual presidente do PSD ter sido o candidato mais votado na primeira volta com 49,02% dos votos expressos, seguido do antigo líder parlamentar, que obteve 41,42% do total. O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Miguel Pinto Luz ficou em terceiro, com 9,55%, e fora da segunda volta.
Mais de 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas diretas para escolher o próximo presidente, o mais baixo universo eleitoral de sempre no partido.
Na primeira volta, a participação rondou os 32 mil militantes - a menor em termos absolutos em eleições em que houve disputa -, mas a maior em percentagem: mais de 79% dos inscritos.