A informação consta da súmula da conferência de líderes de 22 de janeiro, a qual refere que a primeira das reuniões terá lugar na manhã de dia 26 de fevereiro e terá como convidado Enrico Letta, antigo primeiro-ministro italiano, presidente do instituto Norte Europe e coordenador de um relatório sobre o futuro do mercado interno da UE.
A mesma súmula refere que o presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, pretende também convidar, para momentos diferentes, Sauli Niinistö, antigo Presidente da Finlândia e autor de um relatório sobre a segurança da UE, e Mario Draghi, ex-primeiro-ministro italiano e autor de um relatório sobre competitividade europeia, que marcou presença na reunião do Conselho de Estado de ontem a convite do Presidente da República.
Aguiar-Branco referiu nesse encontro da conferência de líderes que pretende convidar todos os deputados "tendo em conta o interesse demonstrado durante a sessão plenária dedicada aos três relatórios sobre o futuro da UE", feito no passado 04 de dezembro a pedido do Livre, bem como o interesse manifestado pela Comissão de Assuntos Europeus.
No seu relatório, Enrico Letta, o único dos três com presença agendada no parlamento português, defende dívida conjunta com planos de reembolsos claros, empréstimos em condições favoráveis e apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI) para financiar o investimento da União Europeia (UE) em segurança e defesa.
No documento, o antigo primeiro-ministro italiano salienta que, no espaço comunitário, "está a ganhar terreno um intenso debate sobre a questão das euro-obrigações de defesa", que a seu ver pode servir para "mobilizar rapidamente recursos significativos, por um lado, e promover o desenvolvimento de projetos de colaboração, por outro, facilitando assim uma transição gradual para um mercado unificado".
O relatório surgiu numa altura em que se estima que os Estados-membros necessitem de 100 mil milhões de euros para responder às lacunas de investimento em defesa e segurança e para reforçar a capacidade e apoiar a Ucrânia devido à invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Leia Também: Conselho de Estado com Draghi tratou "UE no contexto mundial". As imagens