"Nós temos um projeto para Portugal, e esse projeto passa por resgatar o Estado e a economia da ditadura dos interesses, combatendo a corrupção, o colapso ético e moral do nosso sistema político, e apresentando um novo modelo de supervisão do sistema financeiro e do regulador dos setores estratégicos", começou por dizer aos congressistas.
Francisco Rodrigues dos Santos, até agora líder da Juventude Popular, foi hoje eleito presidente do CDS-PP, no encerramento dos trabalhos do 28.º congresso nacional do partido.
Aos delegados, o novo líder adiantou igualmente que o CDS vai bater-se "pela reforma do sistema eleitoral, de modo a devolver a última palavra aos eleitores na escolha dos seus representantes e não aos diretórios partidários".
Outra das propostas dos centristas passa por apresentar um "novo contrato de confiança entre gerações, para que o sistema de Segurança Social garanta uma resposta aos desafios demográficos que se colocam em Portugal".
"Defenderemos um Serviço Nacional de Saúde universal, modernizado e preparado, que dê resposta em tempo útil aos doentes, que não triplique os tempos de espera para cirurgias urgentes, que não seja baseado no preconceito ideológico e que não preste cuidados médicos em corredores", acrescentou.
Ao nível da segurança, Francisco Rodrigues dos Santos defende a renovação da "capacidade operacional das polícias", bem como a "valorização e o prestigio da condição militar e de todos os ex-combatentes".
"Vamos devolver coesão territorial ao país, respeitar as nossas tradições, a ruralidade, contra modas e contra preconceitos, porque não aderimos a agendas animalistas nem queremos julgar o mundo rural com base no óculos do tecnocrata urbano", prosseguiu.
O novo presidente do CDS falou ainda num "verdadeiro choque fiscal, amigo da poupança das famílias e do investimento", falando num "Estado antissocial que não ampara" os portugueses nas situações de vulnerabilidade.
Na área da justiça, Rodrigues dos Santos defendeu "uma justiça forte com os fracos" e uma "reforma equilibrada" do sistema para "colocar um ponto final nos privilégios dos mais poderosos".