Livre critica "sexismo" e "racismo" de CDS e Chega dirigidos a Joacine

Partido Livre manifesta-se em defesa da sua deputada única, Joacine Katar Moreira, alvo de declarações tanto por parte de André Ventura como de Francisco Rodrigues dos Santos, esta terça-feira.

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Anabela Sousa Dantas
28/01/2020 17:31 ‧ 28/01/2020 por Anabela Sousa Dantas

Política

Joacine Katar Moreira

"Face aos contínuos ataques de carácter e referências de índole racista e sexista por parte de deputados e dirigentes partidários da direita, nomeadamente do CDS-PP e do partido de extrema-direita Chega, e que têm como alvo a deputada Joacine Katar Moreira, deputada única representante do partido LIVRE, o LIVRE não pode deixar de repudiar veementemente esses ataques e o uso de uma linguagem depreciativa e difamatória, que perpetua estigmas racistas e sexistas na sociedade portuguesa", escreve esta segunda-feira o Livre através de comunicado.

O partido da papoila saiu em defesa da sua deputada única, com quem tem mantido divergências várias e sobre a qual pende uma decisão de remoção de confiança, atestando que "as divergências políticas não podem dar lugar nunca a manifestações discriminatórias", principalmente por "representantes eleitos para a Assembleia da República e por responsáveis políticos e partidários".

"O LIVRE está e estará sempre na linha da frente no combate a todas as discriminações e repudia as declarações sexistas e deselegantes de Francisco Rodrigues dos Santos e as palavras deploráveis e racistas de André Ventura,  deputado da extrema-direita portuguesa", continuam.

O comunicado do partido faz referência direta a dois momentos ocorridos esta terça-feira. O primeiro protagonizado por André Ventura, do partido Chega, que recorreu às redes sociais para sugerir a deportação de Joacine Katar Moreira, na sequência da medida anunciada esta terça-feira relativa à restituição de todo o património das ex-colónias.

O segundo momento foi protagonizado pelo novo líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, à saída do encontro do Presidente da República, em Belém. O líder centrista utilizou o nome de Joacine para tecer um paralelo para com coesão dentro do partido. "Aqui não existem Joacines", disse.

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