Num jantar alusivo ao Dia Internacional da Mulher, na Escola de Turismo e Hotelaria da Madeira, que chegou a ser interrompido pelo sismo que atingiu a Madeira, Francisco Rodrigues dos Santos disse que "é fundamental que haja mais e melhor informação para que não se gere alarmismo, para que os portugueses possam viver em tranquilidade e tenham conhecimento de quais os comportamentos preventivos e cautelares devem adotar para evitar a propagação e o contágio do Covid-19".
"O CDS reclama exigência face ao planeamento e à gestão da crise do Covid-19 por parte do Governo, já percebemos que o primeiro-ministro, ao ter chamado a si a comunicação sobre este dossier, percebeu que o país, neste momento, tem alguma dificuldade em confiar na atual ministra da Saúde e na diretora-geral da Saúde", comentou Francisco Rodrigues dos Santos à comunicação social depois do sismo.
O líder do CDS acrescentou: "O primeiro-ministro disse que não se mudavam generais em tempo de guerra, mas não deixa de ser preocupante quando dois desses generais, por manifesta incompetência e desorganização, poderão colocar em causa que se possa vencer esta guerra".
Francisco Rodrigues dos Santos lembrou os reparos do anterior presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde de que "tinham sido feitos alertas ao Governo sobre o desinvestimento de 14 milhões de euros nos últimos dois anos relativamente a estes serviços e, por outro lado, há o prenúncio de que a Linha SNS 24 viria a colapsar ao pico de solicitações".
"Ora, o primeiro-ministro decidiu alterar um coronel, coronel esse que já tinha feito um retrato preocupado face à capacidade de resposta do sistema que neste momento tem de ser célere e eficaz e competente", acrescentou.
"O CDS entende é que neste momento o Governo tem de contribuir para restaurar um clima de confiança, de tranquilidade e de operacionalidade nos serviços de tratamento desta crise e avaliar também o impacto na economia que tem uma epidemia desta gravidade à escala global que pode, se não for devidamente desacelerada, levar a um arrefecimento da nossa economia e a uma recessão", concluiu.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro na China, já provocou mais de 3.500 mortos entre mais de 101 mil pessoas infetadas em pelo menos 94 países.
Com base no número mundial de infetados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.
O número de casos confirmados do novo coronavírus em Portugal subiu, no sábado, para 21. Os três novos casos surgiram no Porto. No total há 16 pacientes infetados no Porto e cinco em Lisboa.
A região Norte é a que regista mais casos confirmados de infeção, com 15, seguindo-se a Grande Lisboa, com cinco, e um no Centro do país.