Covid-19: PCP cancela agenda Jerónimo de Sousa até domingo
O PCP cancelou a agenda do secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, de hoje até domingo, que incluía um comício no Porto e um almoço no Seixal, devido ao surto de Covid-19.
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Política Pandemia
Em comunicado, o gabinete de imprensa do PCP informou que, "tendo em conta as circunstâncias" do surto, "as iniciativas agendadas nestes próximos dias com a participação do secretário-geral - Conferência sobre o Desenvolvimento do Alentejo [hoje], comício no Porto [no sábado] e almoço no Seixal [no domingo] - não se realizarão".
Os comunistas garantem que vão manter a sua "atividade balizada pelas recomendações e orientações emanadas das autoridades de saúde competentes", como a Direção-Geral da Saúde (DGS), e é com base nesse princípio que o partido "decidirá as medidas preventivas adequadas, atendendo a cada momento à situação epidémica e à sua evolução", lê-se no texto.
No comunicado de três parágrafos, antes de anunciar o cancelamento da agenda, o PCP "reafirma a necessidade da implementação de medidas de prevenção adequadas ao surto epidémico com origem no Covid-19" e insiste no apelo à "responsabilidade que justifica igualmente que não se alimente um clima de alarmismo, intranquilidade e medo desproporcionados".
Os comunistas prometem ainda acompanhar "o evoluir da situação e as medidas de prevenção e controlo que no quadro da saúde pública e da resposta clínica dotem o SNS dos recursos indispensáveis".
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.
Em Portugal, a DGS subiu hoje o número de infetados para 112, mais 34 do que os contabilizados na quinta-feira, e os casos suspeitos duplicaram para 1.308.
As escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto Covid-19, anunciou quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país.
Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.
O governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.
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