Em comunicado enviado à agência Lusa, a estrutura distrital do BE/Guarda vaticina que com a situação atual do país, que obriga ao isolamento/quarentena dos habitantes e ao fecho de muitas empresas/comércio local, "vão certamente as famílias e empresários ter mais despesas".
O consumo de água aumentará "em virtude da prevenção e controle da propagação da covid-19 aquando da lavagem frequente das mãos, maior frequência de lavagem da roupa, mais realização de banhos de todo o agregado familiar", justifica.
Atendendo à situação, a Comissão Coordenadora Distrital do BE pede aos municípios que compõem o distrito da Guarda "que venham a isentar todos os agregados familiares e respetivas empresas dos respetivos concelhos de qualquer pagamento do consumo de água, saneamento e resíduos, durante o período em que esta pandemia estiver ativa".
"Temos consciência de que tal medida terá impacto nas contas das autarquias. Contudo, entendemos que situações de exceção merecem, sem dúvida, medidas de exceção", remata.
A posição do BE distrital, tomada em conjunto com o Grupo Municipal do partido na Guarda, será comunicada aos presidentes das Assembleias Municipais dos 14 concelhos do distrito da Guarda, para que seja entregue aos presidentes das autarquias.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos.
Em Portugal, há 14 mortes e 1.600 infeções confirmadas.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 0h00 de quinta-feira e até às 23h59 de 2 de abril.
Além disso, o Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.