António Costa falava aos jornalistas no final das visitas que efetuou às obras no antigo Hospital Militar de Belém e a nova unidade de apoio hospitalar da Câmara e da Universidade de Lisboa, no complexo piscinas do Estádio Universitário.
Confrontado com a ideia do presidente do PSD, Rui Rio, segundo a qual, após o fim da pandemia da covid-19, "o Governo que vier será de salvação nacional" para responder aos efeitos da crise económica, o líder do executivo alegou que não ouviu ainda essa entrevista dada à RTP no domingo.
"Acho que neste momento nada justifica a alteração das coisas. As coisas têm estado a correr muitíssimo bem", começou por sustentar António Costa.
Na perspetiva do primeiro-ministro, "o sentido de salvação e de unidade nacional tem prevalecido na sociedade portuguesa e também entre os responsáveis políticos".
"Não devemos agora consumir-nos em fazer discussões sobre as formas políticas. Temos de nos concentrar na prioridade que é estancar a pandemia e responder às necessidades das pessoas que estão contaminadas ou que podem vir a estar contaminadas", contrapôs.
Ainda sobre a evolução político-institucional do país dentro de uns meses, ou a médio prazo, numa fase de resposta à crise económica, o líder do executivo alegou que não faz "futurologia política".
"Acho que há algo que tem sido muito importante: Uma grande unidade nacional que tem existido, quer na cooperação entre órgãos de soberania, quer mobilizando o conjunto de todas as instituições na sociedade portuguesa, desde Forças Armadas, forças de segurança, universidades, autarquias ou entidades da administração central e empresas. Todos têm feito um esforço extraordinário", defendeu António Costa.
Perante os jornalistas, no entanto, o primeiro-ministro frisou que, após o fim da crise sanitária, haverá "um momento em que será exigível fazer um esforço de relançamento e de reconstrução do ponto de vista económico e social".
"Foi adotado um conjunto de medidas pelo Governo, e a Assembleia da República está a discutir também um conjunto de medidas que visa assegurar um suporte de vida à economia e aos rendimentos das famílias durante os próximos três meses. Depois, temos de começar a preparar o esforço da reconstrução e do relançamento da nossa economia. E o esforço tem de ser de todos", frisou.