No encerramento do XXII Congresso do PS/Madeira, no Funchal, Pedro Nuno Santos sublinhou que, com as eleições regionais antecipadas de 23 de março, está na hora de uma mudança politica que liberte a região da instabilidade causada pelo PSD.
"[Está na hora] de se libertarem da instabilidade politica, da suspeição que recai sobre os políticos e os governantes na Madeira, e libertarem-se da teia de relações de dependência que foram sendo criadas ao longo de décadas para garantirem a manutenção do poder", declarou.
O secretário-geral dos socialistas defendeu que o PS "não apresenta qualquer um para liderar o Governo Regional", destacando que Paulo Cafofo tem experiência e competência, características necessárias "para liderar um projeto vencedor na Madeira".
"Chega de um governo que governa para alguns, um governo de favores para alguns [...]. Paulo Cafofo vai liderar um governo para todos", reforçou.
Segundo o dirigente, o presidente do Governo Regional da Madeira em gestão, Miguel Albuquerque (PSD), "eclipsou-se da campanha do PSD e dos cartazes" do partido "porque sabem" que "é um peso politico negativo para o projeto do PSD na Madeira".
"Mas que ninguém se engane: quem não esta´ nos cartazes, quem se quer esconder dos cartazes e´ quem quer mesmo continuar a governar a Madeira. E´ Miguel Albuquerque. Não esta´ nos cartazes, mas nós não vamos deixar que ninguém se esqueça que é nele que votam se votarem no PSD", acrescentou.
"Não há na história deste país um governo que tenha tido tantos arguidos como este governo, é uma vergonha para a Madeira", disse ainda.
Pedro Nuno Santos salientou, por outro lado, que "não é só´ na região que o governo falha e fracassa", acusando o Governo da República liderado por Luís Montenegro de ser "incompetente" e atuar "para uma minoria", sem um desígnio: "Não há´ ninguém que, no país, saiba o que o primeiro-ministro quer para Portugal."
O socialista criticou a falta de estratégia do executivo para a diversificação da economia, na área da saúde e na habitação.
"Um Governo sem estratégia, um Governo incompetente, um Governo que governa para uma minoria, mas em cima disto tudo um Governo que se furta às explicações", apontou, referindo que o primeiro-ministro "desapareceu da frente dos jornalistas", não se sujeitando "a perguntas difíceis e incómodas".
"Não é só sobre a sua empresa, é sobre todas as áreas da governação. O Governo fez uma remodelação há pouco tempo e não houve até agora uma única palavra do primeiro-ministro a explicar a remodelação", exemplificou.
A luta dos socialistas feita a nível nacional, sublinhou, é a luta que se trava também na região autónoma. "Mas na Madeira temos uma eleição para ganhar dentro de um mês", concluiu.
O XXII Congresso do PS/Madeira decorreu no sábado e hoje, depois de a estrutura regional ter realizado eleições internas, em 31 de janeiro, nas quais Paulo Cafofo foi reeleito presidente, num sufrágio em que foi o único a concorrer e obteve 98,3% dos votos.
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