CDS favorável à renovação da emergência em nome da "unidade"

O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, defendeu hoje a renovação do estado de emergência devido à pandemia da covid-19 e pediu a clarificação e eventual agravamento de medidas, mas alertou que "unidade não significa unanimismo".

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Lusa
02/04/2020 10:58 ‧ 02/04/2020 por Lusa

Política

Covid-19

Na sua intervenção no debate parlamentar sobre a renovação do estado de emergência, Telmo Correia salientou que o CDS tinha razão quando pediu "medidas mais drásticas e mais cedo" relativas ao fecho das escolas e das fronteiras e quer agora clarificação sobre as regras de circulação.

"Temos de pedir ao Governo que estas medidas sejam clarificadas, que seja evidente o que as pessoas podem e não podem fazer e se o Governo admite introduzir um quadro sancionatório adequado e proporcional", afirmou.

Citando o papa Francisco, Telmo Correia repetiu que "ninguém se salva sozinho": "Damos unidade, mas não nos peçam unanimismo, seria um erro deixarmos de ter diferenças de opinião", afirmou.

"Somos todos portugueses, mas não somos todos socialistas e ainda bem", referiu.

Telmo Correia considerou que existiu "um certo negacionismo" no início do processo de combate ao surto, salientando que quando as medidas foram sendo tomadas pelo Governo "o CDS não faltou com o seu voto e o seu apoio" e essas decisões podem estar a permitir evitar "uma situação mais trágica ou catastrófica" em Portugal.

"Essa validação não é fechada, não é definitiva e depende da possibilidade e da capacidade de alargar, generalizar e fazer cada vez mais testes", defendeu.

O líder parlamentar do CDS-PP salientou que "se a generalidade dos portugueses tem dado uma enorme lição de civismo", existem ainda comportamentos que geram "preocupação", pedindo por isso uma clarificação das medidas e até um eventual agravamento das sanções no que diz respeito à circulação de pessoas.

Telmo Correia defendeu, sobre as escolas, que terá de ser prolongado o seu encerramento - uma decisão que o Governo tomará na próxima semana - e começar "a pensar em soluções" para a conclusão do ano letivo.

O líder parlamentar do CDS chamou ainda a atenção para o setor social, essencial no apoio aos idosos, e pediu "mais" à União Europeia em termos de solidariedade.

A Assembleia da República discute e vota hoje a autorização ao decreto presidencial de prolongamento do estado de emergência, reunindo-se o Conselho de Ministros, à tarde, para aprovar as medidas concretas que aplicarão o decreto.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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