PAN rejeita "baixar a guarda" e sugere a Rio "suplementos para a memória"

O porta-voz do PAN, André Silva, rejeitou hoje que "baixar a guarda" e advertiu que "queimar etapas" na contenção da pandemia pode provocar "erros fatais", salientando que a "covid-19 anda aí".

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Lusa
16/04/2020 17:04 ‧ 16/04/2020 por Lusa

Política

Covid-19

 

"Hoje, importa alertar que não podemos baixar a guarda no combate à covid-19, sob pena de daqui a umas semanas corrermos o risco de deitar por terra todos os esforços que fizemos, e de ver o número de casos a subir em flecha. Não podemos desperdiçar em 15 dias o esforço que já fizemos durante um mês", considerou o deputado, defendendo que "faz sentido renovar o estado de emergência".

No debate em plenário, André Silva defendeu que a pressa para retornar à normalidade pode levar a "erros fatais e a fazer surgir mais cedo uma segunda onda de contaminações" e apelou ao "sentido de responsabilidade e discernimento" e à "coragem para continuar a tomar as medidas certas e necessárias a cada momento".

Salientando que "a covid-19 não está derrotada e anda aí", André Silva insistiu que "agora o tempo é de não facilitar" e considerou que, "nesta fase, a prioridade continua a ser garantir as medidas de prevenção individuais e coletivas".

O líder do PAN pediu que "todos os cidadãos tenham o acesso aos meios de proteção individuais necessários para combater e prevenir a covid-19, como sejam as máscaras, as luvas, o álcool ou o gel desinfetante", criticando que "não é admissível que em Portugal os cidadãos fiquem desprotegidos devido a preços proibitivos ou a escassez de produtos" e que "neste enquadramento não é possível voltar à normalidade".

Dirigindo-se ao presidente do PSD, que tinha na sua intervenção defendido a baixa do IVA de 23 para 6% nos produtos de proteção individual e em suplementos para reforçar o sistema imunitário, André Silva aconselhou-o a tomar "suplementos para a memória".

"Daqui [da tribuna] diz uma coisa e aí sentado vota de forma contrária", criticou, notando que na semana passada foi rejeitada, também pelo PSD, uma proposta do PAN "que pretendia fixar limites máximos" para os preços de máscaras, luvas ou álcool desinfetante, e desta forma "evitar a especulação".

No que toca à economia e ao regresso à normalidade, o partido diz que percebe e acompanha "com atenção as preocupações e apelos dos diversos setores", mas ressalva que "é muito importante que, nesta fase, não se queimem etapas ou se atue com precipitação".

Assim, o PAN pediu "planos de contingência adequados", uma "rede eficiente para monitorizar a situação epidemiológica", o "reforço de técnicos para constituir um eficaz sistema de vigilância" e "rigorosas medidas de vigilância epidemiológica junto das comunidades educativas" se as escolas abrirem para as aulas do ensino secundário.

Portugal regista 629 mortos associados à covid-19 em 18.841 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde sobre a pandemia.

O decreto presidencial que prolonga até 02 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".

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