PAN lamenta que Marcelo tenha "optado por alimentar" polémica

A líder parlamentar do PAN lamentou hoje que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa tenha, no seu discurso, "optado por alimentar" a polémica em torno da sessão solene que comemora o 46.º aniversário da revolução democrática

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Lusa
25/04/2020 13:12 ‧ 25/04/2020 por Lusa

Política

25 Abril

 

"Lamentamos, em alguma medida, que o senhor Presidente tenha optado por alimentar aquela que foi alguma polémica em torno desta cerimónia, deixando também de parte aquilo que foi uma posição mais moderada, que visava que, de alguma forma, a cerimónia pudesse ser repensada, renovada aos tempos da crise sanitária que vivemos", afirmou Inês Sousa Real.

A deputada do PAN falava aos jornalistas no final da cerimónia que decorreu na Assembleia da República e, num comentário à intervenção do chefe de Estado, considerou também que "num momento de estado de emergência" decretado devido à pandemia de covid-19, "é extremamente fundamental" que seja assegurada a fiscalização por parte dos partidos.

"Tem que haver obviamente vontade política para que este Governo de centro que, de alguma forma, se tem aqui formado, não deixe, de facto, de ouvir aqueles que são as vozes, ainda que discordantes, mas que também estão aqui, precisamente devido ao 25 de Abril, a exercer aquilo que é um direito democrático de estar na Assembleia da República", advertiu.

Para a líder parlamentar do PAN, devido a esta contexto "é mais importante do que nunca" pensar "outras políticas, políticas que deem resposta aos anseios e às preocupações de todos".

"Mais uma vez este ano, quer da parte do Presidente da República, quer da parte dos partidos que vão alternando no poder, está omissa aquela que deve ser a preocupação de, apesar de vivermos estes tempos difíceis, continuarmos a preocupar-nos com aquilo que possa ser o combate às alterações climáticas", lamentou Inês Sousa Real.

"Vivemos neste momento não só na iminência de uma crise sanitária, mas também uma crise laboral, uma crise económica, e não nos podemos esquecer, uma crise ambiental", salientou, defendendo que esta é uma oportunidade para "criar um novo paradigma".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que "o 25 de abril é essencial e tinha de ser evocado", tal como vão ser o 10 de junho, o 05 de outubro e o 01 de Dezembro e defendeu que a sessão solene é "um bom e não um mau exemplo", e que seria "civicamente vergonhoso" o parlamento demitir-se agora de exercer todos os seus poderes.

Nas últimas semanas, cresceu a polémica à volta do modelo de comemorações do 25 de Abril, quer dentro do parlamento - CDS e Chega foram contra, PAN e Iniciativa Liberal defenderam outros formatos - e fora dele, com duas petições 'online', uma pelo cancelamento e outra a favor da sessão solene, a juntarem centenas de milhares de assinaturas.

Devido à pandemia de covid-19, a sessão solene no parlamento contou com a presença quatro membros do Governo, cerca de duas dezenas de convidados, e de 46 deputados, e não um terço como estava previamente acordado.

 

 

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