Chega acusa Governo de querer "portas abertas" à imigração

O Chega acusou hoje o Governo de querer continuar com o que considerou ser uma política de "portas abertas" à imigração, enquanto a IL defendeu que é o único partido que quer "realmente uma mudança no país".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
16/04/2025 16:43 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Legislativas

No período de declarações políticas na Comissão Permanente da Assembleia da República, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, acusou o Governo de querer "continuar a política de portas abertas, mas de uma forma mais chique".

 

"Criou uma via verde para a imigração, ou seja, venham com contrato de trabalho -- até aí estamos de acordo --, mas nós damos salário, comida e habitação. Sim, habitação, a que falta aos professores deslocados, às forças de segurança aos nossos jovens", criticou.

Pedro Pinto dirigiu-se depois ao PS, defendendo que o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, devia "pedir desculpa aos portugueses, por tudo o que de mal fez a Portugal", alegando que, por causa da governação do partido, há hoje um milhão e seiscentos mil imigrantes em Portugal.

Apesar de não haver qualquer dado ou estudo que associe a imigração à criminalidade, Pedro Pinto alegou que "a criminalidade violenta aumentou de forma assustadora" devido à imigração e disse que o Chega pretende "terminar com esse flagelo".

"Qualquer imigrante que cometa crimes será deportado para o seu país de origem. Não vai ficar nem a comer à conta do Estado português", disse.

O deputado do CDS-PP João Almeida também abordou na sua declaração política a imigração, afirmando que, com o Governo da AD, se conseguiu reduzir o fluxo de entradas em 59%.

"No primeiro semestre, quando ainda vigoravam as regras do PS, houve 156.951 pedidos de entrada de imigrantes em Portugal. No segundo semestre, com as regras da AD, houve 64.848", disse, defendendo que "esta redução tem de continuar".

Depois, numa alusão implícita ao Chega, João Almeida disse que, nesta legislatura, foi chumbada na Assembleia da República uma proposta de "criação de uma polícia para afastar aqueles que estão cá ilegalmente" e outra para alterar as regras "para que o retorno fosse mais eficaz".

"Portanto, neste momento, a questão é muito clara: na próxima legislatura e nas eleições, os portugueses que querem uma imigração regulada devem confiar em quem boicotou a possibilidade de pormos a imigração em ordem ou votar em quem reduziu o fluxo, quis criar uma nova política e melhorar as regras do retorno?", perguntou.

O deputado da IL Rodrigo Saraiva centrou a sua declaração política nas próximas eleições legislativas, alegando que o seu partido foi o único que "demonstrou responsabilidade" ao recusar um caminho de eleições legislativas antecipadas.

"Entre PSD e CDS, que forçaram a apresentação da moção de confiança, e o PS, Chega, PCP, BE, Livre e PAN, que votaram contra, todos devem assumir a culpa de levar o país para mais umas eleições", criticou.

Rodrigo Saraiva defendeu que, nestas eleições, vai haver um "embate político entre quem quer mesmo transformar o país e aqueles que nada querem mudar", defendendo que a IL é o único partido que quer reduzir a despesa pública e "devolver dinheiro às pessoas e às empresas".

O deputado da IL elencou várias propostas do partido, entre as quais uma redução do IRC ou um corte no número de funcionários públicos que não implique despedimentos, através da criação de uma regra que, por cada dois trabalhadores que saiam da administração pública, só um possa ser contratado.

"De uma vez por todas, está na altura de o esforço ser do Estado e não das pessoas, das famílias e das empresas", disse, acusando os restantes partidos de não quererem "reduzir despesa, funcionários, custos intermédios, eliminar redundâncias, combater a burocracia ou reduzir o setor empresarial do Estado".

"Enfim, não querem mudar nada. Dia 18 de maio, esta é a opção: votar nos mesmos para ficar tudo na mesma ou votar em quem quer realmente mudar. E só a IL tem a coragem e a ambição para reformar o país", disse.

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