"A democracia faz-se das ideias diversas que existem para reagir à crise. Da parte do BE estamos absolutamente convictos das lições que nos deu o 25 de Abril: que construir o Estado social, a segurança social, o Serviço Nacional de Saúde ou o a escola pública foi o passo do desenvolvimento", afirmou, em declarações aos jornalistas no final da sessão solene no 25 de Abril no parlamento.
A coordenadora do BE começou por "congratular o Presidente da República por vir ao parlamento incentivar toda as forças políticas aqui representadas a terem capacidade de fiscalização do que está a acontecer no país e capacidade de projeto político".
"Tendo o BE toda a disponibilidade para amplas maiorias que tirem o país da crise, temos também uma escolha e a ampla responsabilidade da escolha: a nossa é no avesso da austeridade, na proteção do emprego e salários e na exigência de uma economia com regras, mais justa e mais forte", apontou.
Catarina Martins deixou uma palavra de solidariedade a todos os que estão doentes ou perderam familiares devido à covid-19, mas também aos profissionais de saúde e aos que asseguram todos os serviços essenciais.
"O BE já tem dito quais são as duas prioridades neste momento: toda a prioridade aos critérios de saúde pública para proteger as pessoas e, por outro lado, toda a prioridade à emergência social: é preciso proibir despedimentos, proteger salários, proteger os mais vulneráveis, garantir habitação", elencou.
Catarina Martins reiterou a importância de o Estado apostar em "políticas contracíclicas" e não repetir "o erro" de 2008, de responder com austeridade à crise.
"Sabemos que para ultrapassar qualquer crise é nos direitos de quem trabalha e no estado social que encontraremos a chave", apontou.
Portugal regista hoje 880 mortos associados à covid-19, mais 26 do que na sexta-feira, e 23.392 infetados (mais 595), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).